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Evento etnográfico "Miçangas Humanísticas" discutirá manifestações culturais com pesquisadores da Universidade de Milwaulkee, dos Estados Unidos

publicado: 27/05/2022 10h55, última modificação: 27/05/2022 21h13

O curso de Ciências Sociais da Cidade Universitária, junto com a rede interinstitucional GPMina Vulnera, promoverá, em junho, a terceira edição do “Miçangas Humanísticas”, com mesa-redonda on-line que discutirá, com pesquisadores da Universidade de Milwaulkee, relações e manifestações etnográficas. As inscrições para o evento estarão abertas a partir do dia 30 de maio, pelo Sigeventos.

A mesa-redonda “Buracos, laranja descascada e ar-condicionado quebrado (do bloco de notas a empatia) – 15 anos de jornada etnográfica na cultura popular maranhense” discutirá, pelo Google Meet, a dança e a religiosidade de manifestações culturais maranhenses e do tambor de mina, relatando as experiências de trabalho de campo dos pesquisadores Simone Ferro e Meredith Watts, da Universidade de Wisconsin Milwaukee, nos Estados Unidos. Ambas as pesquisadores já têm 15 anos de experiência na capital e no interior do estado, pesquisando as atividades etnográficas de manifestações culturais e religiosas.

Será emitido um certificado de quatro horas aos participantes. O professor organizador do evento, Arinaldo Martins, lembra que o nome da iniciativa nasceu das brincadeiras de internautas com o curso de Ciências Humanas. “Chamamos o evento de Miçangas Humanísticas, brincando um pouco com a página do Facebook ‘Ajudando o povo de humanas a fazer miçanga’, em que associamos isso ao nosso objetivo ‘Ajudando o povo de humanas a fazer pesquisa’, dando um tom mais atual e que chama a atenção do público mais jovem”, comentou.

A primeira edição do evento foi realizada em 2020, convidando docentes da Universidade Federal de Alagoas para discutir o processo de ensino de sociologia no ensino médio. A interação proporcionou estreitar laços do “Miçanga Humanística” com a rede Mina-Vulnera, composta pelo Grupo de Pesquisa Religião e Cultura Popular (GPMina) e Laboratório de Estudos sobre Vulnerabilidades e Processos de Subjetivação (Vulnera LAB) da UFMA e o Grupo de Estudos Afro-Brasileiros e Culturais (Geabrac) e Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indiodescendentes (Neabi) do Câmpus Centro Histórico do Instituto Federal do Maranhão (Ifma).

Martins destaca que as parcerias se estendem para outras universidades nacionais e internacionais, como a Paris 7 e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Furg), e que a ideia é que o evento seja um projeto de extensão, para ampliar o alcance das atividades promovidas e levantar outros resultados, como a instalação de um programa de pós-graduação interdisciplinar na UFMA e a produção da revista bilíngue “Deslocamentos/Revue Déplacements”, que recebe produções acadêmicas dos pesquisadores da rede.

Mais informações sobre o GPMina e o Miçangas Humanísticas estão disponíveis no perfil oficial do grupo no Instagram e na página do GPMina

Por: Carlos Alcântara

Produção: Bruna Castro

Revisão: Jáder Cavalcante

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