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Escritora maranhense Necylia, aluna egressa do curso Licenciatura em Teatro da UFMA, lançará obra inédita nesse sábado, 19, sobre suas memórias de infância no bairro Liberdade

publicado: 18/03/2022 21h38, última modificação: 21/03/2022 00h21

A artista maranhense Necylia Monteiro, egressa do curso de Licenciatura em Teatro da UFMA e integrante do grupo de pesquisa Cena Aberta, da respectiva graduação, lançará, nesse sábado, 19, seu primeiro livro, “Memórias em Maranhês: a casa”. O livro de ficção reúne algumas de suas memórias de infância vividas no bairro da Liberdade, em São Luís. O evento será no auditório do Museu de Artes Visuais (MAV), na Rua Portugal, 273, no Centro Histórico de São Luís, com início às 16h.

A obra é baseada nas suas vivências no bairro da Liberdade com sua família, por meio de suas memórias de histórias que ouvia durante a infância sobre as lendas locais, personalidades do bairro, brincadeiras de rua, festas de São João e sonhos que estão em sua memória até hoje.

O livro é parte de seu projeto de Doutorado em Teatro na Universidade do Estado de Santa Catarina (Uesc), em que pretende investigar formas de dramaturgia com base na autoficção e de narrativas de mulheres brincantes do bumba meu boi. “Acredito muito na publicação por editoras independentes e estou completamente satisfeita com o processo de criação que tivemos também na Juçara Cartonera, que tem princípios alinhados com o que acredito”, relatou Necylia sobre seu livro, que tem prefácio escrito por Tieta Macau, artista transdisciplinar maranhense. Outro volume do projeto literário será publicado pela editora paulista O Barong Edições, ainda este ano.

Esta é a primeira publicação da editora Juçara Cartonera, uma editora maranhense independente que busca a publicação sustentável e acessível com capas de papelão, conforme informou Necylia. O movimento cartonero, originário da América Latina, tem ganhado força no Brasil por meio de editoras nordestinas, em que esta é a primeira publicação cartonera no Maranhão com toda a produção feita artesanalmente.

“A gente foi moldando esse livro junto com a Necylia, desde a ideia inicial até a confecção. Imergimos em cortes de papelão, dobraduras de miolos, feitura de geotinta e na costura com fibra de bananeira. A feitura deste livro é coletiva”, enfatizou Larissa Cordeiro, artista visual e bibliotecária integrante da editora.

Por: Hemylly Mendes

Produção: Laís Costa

Revisão: Jáder Cavalcante

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