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ENTREVISTA: Professor e gestor da Superintendência de Infraestrutura da UFMA em Imperatriz, Marco Antônio Gehlen, fala sobre o novo cargo na Associação Comercial e Industrial do município e futuras parcerias com a Universidade

publicado: 01/04/2022 16h11, última modificação: 01/04/2022 20h34

O professor Marco Antônio Gehlen, do curso de Jornalismo da UFMA, Câmpus Imperatriz, é o mais novo membro da diretoria recém-eleita da Associação Comercial e Industrial de Imperatriz (ACII), ocupando o cargo de novo diretor de Comunicação no biênio 2022-2024, sob a presidência do empresário João Borges Lira. Gehlen esteve à frente da coordenação do curso de Jornalismo do Centro de Ciências Sociais e Tecnologia (CCSST) de 2020 a 2021 e, em fevereiro deste ano, assumiu o cargo de gestor local da Superintendência de Infraestrutura (Sinfra) da Universidade Federal do Maranhão.

Sobre a nova ocupação e a aproximação da UFMA com a associação, o professor concedeu uma entrevista à Diretoria de Comunicação (DCom) da Superintendência de Comunicação e Eventos (SCE) da Universidade, contando sobre perspectivas para a parceria futura entre as instituições.

DCom: Em recente entrevista, você afirmou que a aproximação institucional da UFMA com a Associação Comercial e Industrial de Imperatriz é uma das formas de ampliar o diálogo com a sociedade imperatrizense. Que ações estão em sua proposta de trabalho à frente da Diretoria de Comunicação da Associação, neste contexto?

Marco Gehlen: Eu recebi um convite na semana passada para ser diretor de Comunicação da Associação, e, pela característica natural do cargo, o projeto que é necessário que continuemos e ampliemos diz respeito a você pensar o posicionamento da Associação Comercial na cidade, junto com a mídia, junto com o imaginário local, junto com os empresários, junto com os consumidores. Ou seja, temos que pensar como anda a comunicação e a imagem da associação como um todo. É algo bem particular que, como diretoria da entidade, vou pensar ações que possam colocar a Associação Comercial com uma imagem adequada ao peso que ela tem na cidade.

O meu trabalho, no que diz respeito ao cargo de diretoria, é específico para conseguir demonstrar para toda a sociedade imperatrizense e da região adjacente o que é a Associação Comercial e a importância dela nesse contexto. No caso da UFMA, como sou professor e também agora gestor da Sinfra aqui da cidade de Imperatriz, essa aproximação facilita com que nós tenhamos diálogos institucionais interessantes para explorar. Lá, fazendo parte de uma diretoria empresarial e industrial, naturalmente, eu vou participar e ter condições de dialogar com segmentos que trarão, de algum modo, benefícios para a Universidade quando nós pensarmos os nossos projetos, as nossas parcerias e nossas demandas.

DCom: Essa união entre a Universidade e a Associação pode gerar benefícios diretos e indiretos aos estudantes? Quais?

MG: Eu não sei dizer se direta ou indiretamente os estudantes vão ser beneficiados, é uma pergunta que a gente ainda não consegue ter os insights para compreender. No entanto o que eu posso dizer é que essa parceria pessoal, de viver a Universidade e ser diretor da Associação, pode gerar diálogos institucionais, para que possamos beneficiar eventos, beneficiar a estrutura física, ter benefícios em relação a conseguir algumas parcerias em alguns momentos. Nós não sabemos ainda quais são os eventos e quais são as demandas que nós teremos, em que uma entidade possa ajudar a outra, mas, com certeza, esse diálogo pode ser estabelecido e, com isso, ajudar estudantes, professores e técnicos. As empresas podem participar desse processo de contribuir com eventos científicos e ter maior proximidade com a Universidade.

DCom: Como mestre em Agronegócio e doutor em Comunicação, o que você pode aconselhar aos estudantes que desejam entrar no agronegócio, comércio e/ou na indústria do sul do Maranhão?

MG: O que eu posso aconselhar aos estudantes é que eles possam ver, nessa aproximação com empresas, indústrias, sindicatos e outras entidades organizadas, essas instituições como associações populares, que nós temos uma formação na UFMA que precisa ser continuada e, mais do que a busca por emprego, que precisamos buscar e criar iniciativas e alternativas a partir do conhecimento adquirido. Então, eu diria que os estudantes podem beber desse incentivo ao conhecimento e parcerias diversas para serem desenvolvedores da própria história, e não só buscarem empregos que podem ou não ser criados, que sofrem com altas e baixas de mercado, para que eles possam desenvolver seus projetos, pensar novas iniciativas ou usar o ponto de vista empresarial e/ou industrial até na forma como conduzem serviços diversos que podem vir a prestar.

É importante que eles possam explorar as próprias iniciativas e participar ativamente desse contexto de mercado, nos comércios, serviços e indústrias. É importante que o conhecimento se transforme em ação, e a gente não fique refém de algumas vagas de emprego, mas que nós possamos também desenvolver as iniciativas para as quais adquirimos aptidão e conhecimento na Universidade.

DCom: Quais são as características ou peculiaridades da comunicação voltada para o agronegócio, comércio e indústria?

MG: Voltada para esse segmento, podemos dizer que ela é uma comunicação muito mais calcada em dados, diferente de outras comunicações, como, por exemplo, a comunicação política, que é mais voltada para os discursos. No caso do agronegócio, comércio e indústria, a gente costuma pautar o discurso muito mais em dados econômicos e sociais para que a gente possa fazer uma comunicação bem-amparada do ponto de vista de rigor, para também incentivar esses setores, dando informações concretas à população e aos empresários do público interno e externo da Associação Comercial, de modo que tenham boas informações para a tomada de decisões em função dos seus negócios.

Eu diria que é uma comunicação um pouco mais rigorosa do que alguns outros setores para que a gente possa amparar a tomada de decisões nos negócios e ao mesmo tempo difundir essa cultura de empresas, comércios, indústrias e as relações derivadas daí.

DCom: Há previsão de eventos da UFMA e da Associação voltados para os estudantes de graduação e pós-graduação? Quais? E quando ocorrerão?

MG: Nós nem começamos ainda a pensar nesses diálogos institucionais, então ainda não dialogamos lá na Associação sobre eventos com a participação dos estudantes, também não dialogamos na UFMA sobre o mesmo assunto, então essa cooperação ainda precisa ser construída, porque tudo é muito recente. O convite para que eu fosse diretor surgiu agora, não tomei a posse ainda, ainda ocorrerá um evento de posse.

Portanto nós ainda faremos a arquitetura desses diálogos, mas eu acredito que, em dado momento, cursos externos e cursos ofertados pela Universidade possam criar esses espaços para levar para a Associação coisas que nós pesquisamos aqui na Universidade, ou até trazer coisas da Associação para a Universidade por meio de parcerias diversas.

DCom: O que a sociedade pode esperar da união entre UFMA e Associação Comercial e Industrial de Imperatriz para os próximos anos?

MG: Acho que ainda não há união entre a UFMA e a Associação, então a palavra mais correta é aproximação, já que sou professor e novo membro, e essa parceria pode possibilitar que, nos próximos anos, tenhamos múltiplos projetos conjuntos. Podemos estimular participação de mais empresas nos nossos eventos científicos, apoio para os nossos eventos ou para a participação em congressos. Por outro lado, queremos fazer parcerias com o grupo empresarial da Associação Comercial e obter, possivelmente, descontos para os nossos públicos internos da UFMA e, ao mesmo tempo, incentivar as empresas a se tornarem locais de compra com desconto e vantagens aos nossos alunos.

Há possibilidade de convênios infinitos e parcerias na hora que nós precisarmos de algumas coisas. Como vivemos com a falta de recursos dentro da Universidade como um todo, do ponto de vista de investimentos federais, podemos ter algum local que possa, em algum momento, nos ajudar nas pequenas necessidades de participações em eventos, desenvolvimento de congressos locais e convênios possíveis.

Por: Andressa Algave

Produção: Laís Costa

Revisão: Jáder Cavalcante

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