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Entrevista: Estudante de Jornalismo fala sobre seu documentário sobre os primórdios do Câmpus de Imperatriz, disponível no Youtube

publicado: 01/10/2021 10h56, última modificação: 03/10/2021 18h52
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Como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), o estudante Hugo Pereira de Sousa Leite, do curso de Comunicação Social – Jornalismo (Cojor) do Centro de Ciências Sociais Saúde e Tecnologia (CCSST), Câmpus de Imperatriz, desenvolveu um documentário com o tema “Do sonho à realidade: os primórdios da UFMA em Imperatriz”.

O produto é o primeiro da história do curso com essa temática e teve por objetivo documentar, em formato de videodocumentário, a história dos primeiros anos da UFMA, Câmpus Imperatriz, tendo por base os depoimentos das pessoas que estiveram presentes quando a instituição se instalou na segunda maior cidade do Maranhão.

Esse produto destina-se à comunidade acadêmica e sociedade em geral, para que conheçam a história da maior instituição de ensino superior em Imperatriz. Confira a entrevista concedida pelo estudante à Diretoria de Comunicação (DCom) da Superintendência de Comunicação e Eventos (SCE) da UFMA, para falar sobre as etapas da pesquisa e a produção do documentário.

DCom - Como surgiu a ideia do tema de sua pesquisa?

Hugo Leite - Tudo começou em março de 2018, ainda no meu segundo semestre do curso de Jornalismo, quando fui convidado para participar do projeto “Pelo Interior: os 40 anos da UFMA em Imperatriz”, coordenado pelo docente Marcos Fábio Belo Matos, atual vice-reitor da Universidade. O projeto tinha o objetivo de contar os 40 anos da UFMA em Imperatriz por meio do relato das pessoas que fizeram e ainda fazem parte dessa história, como diretores, alunos e técnicos da instituição, possibilitando que todos contassem a sua versão de como ocorreu a chegada da Universidade na cidade. Assim, foram três anos de pesquisa, de 2018 a 2021, sobre o tema em questão e tendo como parâmetro materiais como livros, documentos, entrevistas, entre outros. Os resultados da pesquisa estarão disponíveis em acervo digital para que toda população tenha acesso. Com essas entrevistas já gravadas e eu familiarizado também com a temática, o meu orientador sugeriu que eu utilizasse esse tema para o meu TCC, e assim eu fiz, com esse recorte apenas desses dois primeiros anos da UFMA em Imperatriz, de 1979 a 1981.

DCom – Como foram as etapas de produção do documentário?

HL - A pesquisa durou três anos e foi desenvolvida em quatro fases. Comecei em 2018 com as pesquisas bibliográficas, questionando quem eram as personagens e a realização de pesquisas por fontes documentais, entre outros. Em seguida, nesse mesmo ano, foi dado início às entrevistas, em que o primeiro entrevistado foi o professor José Geraldo, primeiro diretor do Câmpus, em novembro de 2018; as entrevistas seguintes foram com Corina Fregona, Evane dos Santos e Maria de Lourdes, alunas da primeira turma do curso de Pedagogia, em maio de 2019; a terceira etapa foi com o professor José Batista, primeiro professor contratado da instituição, em setembro de 2019; e a quarta e última fase de entrevistas foi com a aluna da primeira turma do curso de Direito, Sirlene Lopes, em janeiro de 2020.

Neste mesmo ano de 2020, depois das gravações foi o momento de decupagem das entrevistas, para que eu pudesse entender melhor as informações e listar os acontecimentos mais importantes da implantação da instituição, e também foi o período que comecei a fazer busca de materiais de apoio que pudesse ilustrar Imperatriz naquela época.

Em 2021, dei início à produção do roteiro, da argumentação e sinopse. Logo depois, comecei a selecionar os materiais que poderia entrar no documentário, tanto as entrevistas como os materiais de apoio, e assim demos início à edição. Nesse momento, contei com a ajuda de uma colega do curso, Lorenna Silva, já que eu não tenho familiaridade com edição.

Na montagem, o documentário teve a inserção de trilha sonora instrumental, efeitos visuais para equilibrar a questão da iluminação, elementos gráficos – que foram pensados como algo simples, já que a ideia foi sempre focar nas narrativas – e materiais de apoio, como fotos e vídeos, que foram concedidos pelos entrevistados e que também estão disponíveis na internet. Logo após esse processo, comecei a elaboração do relatório-técnico.

DCom – O que este trabalho agregou em sua vida acadêmica?

HL - Falo até emocionado, mas ter produzido esse trabalho foi muito especial, pois assim pude conhecer a história da instituição, que frequentei por quatro anos, em que fui uma das poucas pessoas que foram atrás desse passado até então escondido, e com a disponibilização do documentário no Youtube, para que essa história possa ser levada a outros lugares. Também tive a honra de conversar com pessoas que estiveram presentes quando a instituição chegou a Imperatriz, e de conhecer mais a história da Universidade onde estou me formando, saindo da ideia de que a história da UFMA só se resume a documentos oficiais e dando espaço para as vozes dos sujeitos. A realização e produção deste trabalho serviu como forma de agradecimento e gratidão à Universidade Federal do Maranhão, Câmpus Imperatriz, pela parceria que tivemos nesses anos em que me ofereceu uma qualidade digna por meio de professores qualificados. Tive a oportunidade de aprender todos os dias.

Assista o documentário o “Do sonho a realidade a realidade: Os primórdios da UFMA em Imperatriz”:

Saiba mais

O projeto monográfico “Do sonho à realidade: Os primórdios da UFMA em Imperatriz” foi defendido no dia 17 de setembro, via Google Meet, com aprovação com nota 10. Sua banca foi composta por seu orientador e docente do Cojor Marcus Túlio Borowiski Lavarda e pelos professores avaliadores Marcos Fábio Belo Matos, também docente do Cojor, e Francisco Colombo Lôbo, analista ministerial de Comunicação do Ministério Público do Maranhão (MP-MA) e doutorando na Universidade do Algarve, em Portugal.

Por: Allan Potter

Produção: Laís Gomes

Fotos: Arquivo Pessoal

Revisão: Jáder Cavalcante

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