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Encerramento do XVII Encontro Humanístico destaca democracia e homenageia poeta Celso Borges
A democracia e a arte presentes. Na sexta-feira, 23, o encerramento do XVII Encontro Humanístico, no Centro Pedagógico Paulo Freire, na Cidade Universitária, teve como destaque o debate sobre reconstrução democrática dentro das ciências humanas, contando ainda com apresentações culturais e homenagem ao poeta Celso Borges, falecido em abril deste ano.
Para o diretor do Centro de Ciências Humanas (CCH) da UFMA, Câmpus São Luís, Luciano Façanha, o Encontro encerrou com saldo positivo, após uma semana intensa de atividades, palestras, mesas-redondas, conferências e atividades culturais. Ainda de acordo com o diretor do CCH, o evento teve um público de mais de 2 mil pessoas inscritas nessas atividades.
“O décimo sétimo Encontro Humanístico foi um grande sucesso de público. Foi um encontro enriquecedor e que, este ano, teve como tema ‘Ciências, humanidades e reconstrução democrática’. De encerramento, tivemos uma palestra maravilhosa da professora da Universidade de La Plata na Argentina e uma homenagem ao poeta Celso Borges, que nos deixou há pouco tempo, mas é um dos grandes nomes da poesia local e nacional. Também discutimos esse processo de redemocratização no país, por meio das ciências humanas que, nos últimos anos, foi muito atacada. Aprofundar esse debate é também ver as perspectivas de futuro”, destacou Luciano Façanha.
O encerramento do Encontro contou ainda com apresentações culturais e exibição de filmes. Entre eles, o longa “O futuro tem o coração antigo”, dirigido pelo cineasta Beto Matuck e com roteiro e concepção de Celso Borges. Para o diretor, a homenagem é uma das várias formas de manter a memória do poeta viva.
“Celso era um cara que agregava. Que trazia esse sentido para todos nós de agregar as artes, ele não se limitava só à sua poesia. Ele era inquieto e buscava música, buscava cinema e foi assim que construímos a ideia desse filme juntos. É uma forma de manter a memória e a arte dele sempre vivas”, disse.
Para a professora da licenciatura em estudos africanos do CCH Pollyanna Muniz, a retomada do Encontro de forma presencial é muito importante e estima que outros encontros continuem da mesma forma, pois o presencial aproxima e intensifica o debate sobre as ciências humanas.
“Eu penso que foi muito importante a retomada dos eventos presenciais. Nós tivemos um bom público em todos os dias do evento com mesas muito variadas, que contemplaram todas as áreas das ciências humanas. Tivemos também a conferência da professora Emília, da Universidade Moçambique que, em minha opinião, foi um ponto alto do evento”, frisou a docente.
Por: Aline Alencar
Fotos: Aline Alencar
Revisão: Jáder Cavalcante