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Egresso do Centro de Ciências de Bacabal recebe título de doutor em Antropologia Social pela UFG

publicado: 19/08/2022 12h23, última modificação: 19/08/2022 13h04
A defesa da tese ocorreu no dia 9 de agosto, de forma virtual, via Google Meet.
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“Uma etnografia sobre memórias e fotografias no Terecô: entre possibilidades, interditos e afetos”: esse foi o tema da tese de doutorado que garantiu a Fladney Francisco da Silva Freire, egresso do curso de Licenciatura em Ciências Humanas do Centro de Ciências de Bacabal (CCBa), o título de doutor em Antropologia Social, pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Goiás (UFG), no dia 9 de agosto, de forma remota, via Google Meet.

Segundo Fladney, o interesse pelo assunto surgiu por meio de sua relação com o terreiro da família, onde foi seu objeto de pesquisa. “Adotei o terreiro da minha família como meu campo de pesquisa, por ser permeado de memórias do passado, haja vista que as pessoas que compõem esse ambiente constroem não só experiências de afeto, mas também uma política de existência e resistência”, comentou.

Ele também falou sobre seu processo de especialização durante o doutorado na UFG. “Meu doutorado teve momentos de complicação, pois houve situações em que a ciência e a universidade do Brasil enfrentaram um cenário de desmonte nas bolsas de pesquisa”, explicou. Além disso, a pandemia de covid-19 foi uma outra problemática que dificultou no andamento da sua linha de pesquisa. “Fiquei em choque durante um tempo. Foi preciso muita força para retornar com a minha pesquisa de doutorado”, complementou. 

O curso de Licenciatura em Ciências Humanas do câmpus de Bacabal agregou para ele, junto ao doutorado, uma nova perspectiva no âmbito social. “Meu doutorado em Antropologia me possibilita vários direcionamentos. Inclusive, estar na linha de frente e lutar por populações vulneráveis, como os próprios terreiros, uma religião, ainda bastante perseguida e, sem dúvida, julgada. Portanto o nosso objetivo é construir um olhar mais harmônico e fraterno em relação à intolerância religiosa”, ressaltou.

A expectativa, para o Antropólogo, é que sua pesquisa, intitulada “Uma etnografia sobre memórias e fotografias no Terecô: entre possibilidades, interditos e afetos”, consiga caminhar uma nova visão. “O ‘Terecô’ tem poucas pesquisas e teses escritas, em comparação às outras culturas, entre elas a afro-brasileira, a umbanda e o candomblé. Também espero que outros pesquisadores se interessem pelo tema e, por meio dele, conhecer as variedades culturais dessa religião que há no mundo”, concluiu.

Por: Lucas Araújo

Produção: Bruna Castro

Revisão: Jáder Cavalcante

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