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Egresso de Rádio e TV participa da I Coletânea Poeta Samuel Barrêto de Poesia

publicado: 26/09/2022 11h25, última modificação: 26/09/2022 20h53
O lançamento do poema intitulado “Horrível Tortura” será no dia 7 de outubro, durante a II Semana Cultural Samuel Barrêto, na cidade de Pedreiras
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O poema intitulado “Horrível Tortura”, do escritor Carlos Batista Soares Bogéa, egresso do curso de Comunicação Social da UFMA, que traz à tona questões sentimentais relacionadas às escolhas da vida humana, será publicado no dia 7 de outubro, na “I Coletânea Poeta Samuel Barrêto de Poesia”, durante a II Semana Cultural Samuel Barrêto, na cidade de Pedreiras, a fim de promover a cultura, bem como fazer uma condecoração ao poeta pedreirense que faleceu em 2020. O evento é coordenado pela viúva, Valéria Leite de Melo.

O ludovicense Carlos Bogéa, de 39 anos, é formado em Comunicação Social, habilitação em Rádio e TV, na Universidade Federal do Maranhão. Inclusive, tem formação em Letras, na Faculdade Santa Fé, e já foi produtor cultural da Rádio Universidade FM, durante dois anos. Atualmente, atua como revisor e professor de escrita criativa, com transição entre diversas faces do campo da arte, como o design, a fotografia, a ilustração e a música.

Ele explicou que o processo para participar do concurso ocorreu via plataforma do Instagram, onde teve conhecimento da “I Coletânea Poeta Samuel Barrêto de Poesia” e, com isso, decidiu submeter o escrito para concorrer ao prêmio. Apesar de não ter vencido a categoria, foi um dos selecionados para compor a coletânea que tem a contribuição de trinta escritores. “Barrêto sempre exaltou sua terra tão amada, sobretudo buscou promover a literatura no Maranhão, portanto é uma honra fazer parte desse lindo momento, ao lado de escritores talentosos, a fim de enaltecer a memória do artista”, comentou.

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Apaixonado pelas narrativas e pelo audiovisual desde a infância, a paixão pela literatura surgiu na adolescência, em decorrência do contato com alguns livros doados, entre eles, “Prova de Fogo”, de Pedro Bandeira. “Não tínhamos o hábito da leitura em casa, então essa paixão foi amadurecendo de forma gradativa e particular. Para mim, escrever funciona como uma válvula de escape, seja como uma forma de externar meus sentimentos mais íntimos ou de lançar luz a uma problemática social”, completou.

Para Bogéa, as áreas Comunicação Social e Letras contribuíram no seu processo de escrita, e ressaltou que os componentes curriculares Roteiro para televisão ou Estética de vídeo, por exemplo, foram essenciais para compreender as técnicas e as estruturas que ambos colaboraram para as narrativas literárias. “Em Letras, somos desafiados a escrever cada vez mais, e isso tem me ensinado a ser mais coeso naquilo que é essencial para as minhas histórias, principalmente em narrativas curtas como observamos no conto”, completou.

Outras obras do autor

Figuras da literatura brasileira, como Machado de Assis (1839 – 1908); Gonçalves Dias (1823 – 1864); Clarice Lispector (1920 – 1977); Maria Firmina dos Reis (1822 – 1917); e Lygia Fagundes Telles (1918 – 2022) contribuíram e ainda contribuem para a formação de Carlos como escritor.

Ele tem três contos publicados: “Que Português é Esse?” – explora o vocabulário maranhense; “Cárcere” – voltado para a problemática da violência doméstica, baseado em relatos de mulheres; e “Mandingo” – trata a questão da hipersexualização do corpo negro.

Também lançou sua própria antologia poética, intitulada “Traço & Verso: Delírios Poéticos”, que reúne, em sessenta poemas, uma mistura de sentimentos, com trinta ilustrações do próprio autor, que agregam informações visuais aos textos. Já o poema “Abraço do Medo”, publicado neste mês, tem o enfoque em escritores nacionais, em que aborda sobre o Setembro Amarelo, na campanha contra o suicídio.

Em 2019, participou da Coletânea Novos Poetas Maranhenses, Prêmio Gonçalves Dias, da Associação Maranhense de Escritores Independentes (Amei), com o poema “Dependência Imagética”. O Prêmio, promovido pela livraria Amei e Viegas Editora, é uma iniciativa de fomento à literatura do Maranhão, além da apresentação de novos escritores maranhenses ao público, a fim de oferecer uma oportunidade de publicação tradicional em meio às dificuldades e à escassez que há no mercado.

A expectativa, para ele, é que a Semana seja um dos principais eventos do estado, incentivando os escritores experientes ou iniciantes a participarem dessa celebração. “O poema ‘Horrível Tortura’ enfatiza sobre como colocamos nossas escolhas em mãos alheias, sobretudo do quanto nos tornamos marionetes das mentiras como se fossem reais”, concluiu.

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Quem foi Samuel Barrêto?

Samuel de Sá Barrêto nasceu à margem do Mearim, no bairro Nova Brasília, hoje Trizidela do Vale, em 8 de outubro de 1968, filho de Ceci Ana de Jesus e João de Sá Barrêto. Seu pai foi poeta reconhecido como o Gregório de Matos Pedreirense, por sua verve afiada e versos fortes. Graduou-se em História, na Universidade Estadual do Maranhão; em Licenciatura Plena em Letras, na Faculdade de Educação São Francisco; e possuía pós-graduação na mesma área, pela Faculdade Latino Americana de Educação. Inclusive, estava cursando a fase final do mestrado, dando início ao doutorado, na Universidad Politécnica Y Artística Del Paraguay.

Por: Lucas Araújo

Produção: Alan Veras

Revisão: Jáder Cavalcante

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