Notícias

Docente do curso de Hotelaria produz pesquisa sobre o parto humanizado e o funcionamento da obstetrícia na saúde pública

publicado: 05/05/2021 11h07, última modificação: 05/05/2021 17h39

Em tempos de adversidades, a pesquisa científica está a todo vapor: assim mostra a professora Elza Galvão, docente da disciplina “Hotelaria Hospitalar”, do curso de Hotelaria do Câmpus São Luís. A docente elaborou a pesquisa “Parto Humanizado no Brasil: avaliação política do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN)”, trabalho que avalia o programa do Ministério da Saúde, considerando os sentidos da humanização em saúde, a gestão no Sistema Único de Saúde (SUS) e os impactos do neoliberalismo na saúde brasileira.

Apesar do avanço representado pelo PHNP e a melhora na assistência obstétrica, ainda existem obstáculos. “O PHPN é um avanço, inegavelmente, por discutir a temática e ter sido o primeiro programa instituído a colocar a humanização como tema central. Infelizmente, os obstáculos são muitos, pois o ato de humanizar é bastante complexo, especialmente no contexto do parto, que envolve questões técnicas e biológicas, mas também culturais, emocionais e sociais”, conta Elza.

Para a pesquisadora, a humanização não deve ser pensada sob um olhar subjetivo. O direito deve ser de conhecimento das mulheres gestantes, e os trabalhadores de saúde devem ter condições adequadas e necessárias para oferecê-lo com plenitude. O termo também é cercado de questionamentos, já que, para oferecer um programa de humanização com abrangência, o serviço de saúde pública tem que ser acessível e ter pleno funcionamento, critérios difíceis diante da precarização do SUS e a mercantilização da saúde.

Mas a pesquisa oferece uma visão capaz de auxiliar nas perspectivas para o futuro da saúde pública. “Com base na ampliação do debate a respeito do parto e do nascimento no Brasil e das políticas públicas de enfrentamento aos problemas que existem em torno dessa questão, especialmente o PHPN, além da análise feita a respeito dos sentidos da humanização em saúde e da humanização direcionada especificamente à assistência obstétrica, podem-se ter perspectivas novas”, conclui a docente.

Por: Andressa Algave

Produção: Laís Costa

Revisão: Jáder Cavalcante

registrado em: