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Discutindo Gênero, Feminismo e Contracolonialidade, UFMA promoveu o 22° Redor

publicado: 11/11/2024 10h16, última modificação: 11/11/2024 12h25
Discutindo Gênero, Feminismo e Contracolonialidade, UFMA promoveu o 22° Redor

Entre os dias 6 a 8 de novembro, a Universidade Federal do Maranhão promoveu o 22° Congresso Nacional da Rede Feminista Norte e Nordeste de Estudos e Pesquisas sobre Mulher e Relações de Gênero (Redor). Em parceria com a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), o evento abordou o tema "Gênero, Feminismo e Contracolonialidade: diálogos com mulheres na ciência e as desigualdades regionais".

O 22° Redor teve o intuito de divulgar e difundir os conhecimentos produzidos na temática de gênero, especialmente os estudos sobre a mulher, no âmbito da pesquisa avançada e pós-graduada, sem exclusão das pesquisas de iniciação científica. As atividades programadas incluiram: conferências, mesas-redondas, painéis, comunicação de pesquisa, roda de conversa, apresentação de pesquisas em grupos de trabalhos, minicursos, atividades culturais e exposição artesanal.

A abertura do evento, realizada no dia 6, contou com uma cerimônia de boas-vindas acompanhada de apresentações culturais que celebraram a diversidade e a riqueza da região anfitriã do encontro. No segundo dia, a programação recebeu uma mesa-redonda com o tema “Gênero e Contracolonialidade nas Encruzilhadas do Conhecimento: disparidades regionais na produção Norte e Nordeste”.

22° Congresso Nacional Redor

Segundo Iraildes Caldas Torres, presidente da Redor, a Rede Feminista Norte e Nordeste de Estudos e Pesquisas sobre Mulher e Relações de Gênero foi fundada em 1992 e tem destaque e atuação nas regiões Norte e no Nordeste, consideradas fundamentais nos estudos sobre mulher e gênero. Atualmente, simboliza uma grande Rede que o Brasil tem nesse campo de gênero.

Iraildes também menciona que o evento proporcionou a discussão da visibilidade das mulheres na ciência e destacou a importância de ampliar a inclusão de meninas e mulheres na ciência, o que envolve o desenvolvimento de políticas específicas para apoiar essa participação. “É a inclusão da ciência que debatemos aqui, é a inclusão de meninas e mulheres na ciência, a ampliação de políticas científicas para essas mulheres e essas meninas, e assim a gente fazer a nucleação de gênero no Norte e Nordeste, é uma contribuição singular para o país nessa área”, destacou a presidente da Redor.

Ana Maria Veiga, professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), salienta a importância da Redor para o movimento feminista. “Eu acho que a Redor para os feminismos, para o próprio movimento feminista na sua renovação, reatualização, é um espaço muito importante, é uma arena de debates muito importante, e que traz consigo essa perspectiva mesmo de pensar Norte e Nordeste, e isso nos leva também a discutir a questão das assimetrias na produção de conhecimento. Assimetrias em vários sentidos, entre eles, o sentido regional e também o sentido do eixo de produção de saber reconhecido”. 

O Congresso também envolveu discussões sobre a introdução de novas metodologias aos estudos de gênero no âmbito da perspectiva decolonial ou contracolonial, além de mobilizar núcleos e grupos de pesquisas na luta por políticas afirmativas para mulheres negras, indígenas e quilombolas. Nesse contexto, Elisiane Andrade, participante do 22° Redor, que veio do Amazonas, frisou a essência de debater questões de violência e das assimetrias de gênero.

“É um tema muito importante para nós, por exemplo, eu venho do movimento de mulheres, do movimento feminista. Também sou pesquisadora e sou professora da Rede Municipal de Ensino, e, no momento em que se afunilam as questões das violências, das assimetrias de gêneros, no momento em que a gente precisa discutir e fortalecer a necessidade de nós termos intelectualidade negra e indígena na universidade, discutir as questões climáticas, na qual as mulheres são as principais linhas de frente na defesa dos territórios, na luta contra todas as formas de violência, na luta contra o racismo e toda forma de discriminação, a discussão dessa temática é essencial”, pontuou. 

Por: Aline Vitória

Revisão: Jáder Cavalcante

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