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Discente do curso de Comunicação Social concorre à indicação no Prêmio Volts na categoria Literatura
Júlio César Lima Santos, aluno segundo período do curso de Comunicação Social, na habilitação de Jornalismo, do Câmpus São Luís, concorre à indicação na categoria literatura do Prêmio Volts 2022. Realizado pelo grupo homônimo, o concurso consiste na maior premiação popular de arte e entretenimento do Maranhão, abarcando diversas áreas de mídia e de produção artística.
Júlio Santos começou o livro pelo qual concorre ao Prêmio – “Quando as baleias choravam” – durante a pandemia, retomando o hábito da escrita que já nutria desde os 12 anos, num período em que “todos pararam para tentar colocar a vida nos eixos”, em suas palavras. Santos ganhou o segundo lugar da fase estadual do 47° Concurso Internacional de Redação de Cartas, realizado pelos Correios em parceria União Postal Universal (UPU) e o Ministério da Ciência, Ensino, Inovação e Comunicação no ano de 2018, fato que o estimulou ainda mais à escrita.
Tem como inspiração Carlos Drummond de Andrade e o escritor maranhense Ferreira Gullar, no seu livro “Poema Sujo”. Santos também tem inspiração na literatura da escritora polonesa vencedora do Nobel em Literatura Wisława Szymborska, além do já consagrado romancista Liev Tolstói e o rapper brasileiro Froid. “Antes eu lia muito, agora eu escrevo muito mais e acabo me divertindo mais”, destaca o escritor.
No seu livro “Quando as baleias choravam”, o jovem escritor aborda como tema principal o amor. Ao seu ver, mesmo que não seja a temática principal de todas as suas produções, ele explica que deixa esse sentimento implícito em sua obra, tratando de coisas que o comovem. Além disso, conforme explana, o livro trata também de outras questões sociais, o papel da mulher na sociedade, a cidade de São Luís, as relações familiares e as reflexões advindas dela e o existencialismo.
O autor conseguiu a publicação por meio da Editora Folheando, do Pará, que abre espaço para artistas iniciantes e com pouca bagagem. Júlio Santos conta que pretende fazer uma divulgação melhor do livro e só depois lançá-lo num evento, para também incentivar a cena artística local. “Um livro é uma coisa difícil, e o artista não faz necessariamente a arte de que gosta, mas, sim, a arte de que precisa. Os poemas falam mais por mim do que eu falo por eles”, conta Santos.
Seus planos são investir em outras expressões artísticas, como fotografia e produção de filmes, além de terminar de escrever seu próximo livro de poemas e publicá-lo. “É uma felicidade enorme poder contribuir para o cenário artístico do Maranhão, que, infelizmente, continua cada vez mais precarizado. A honra maior é poder representar todos os amigos e parentes que depositaram essa esperança em mim. O prêmio é bom e poder escrever sobre quem amo é indescritível”, contou Santos.
A votação da primeira fase termina nessa sexta-feira, 28, de maneira on-line.
Por: Juan Terra
Produção: Bruna Castro
Fotografia: Karla Costa
Revisão: Jáder Cavalcante