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Discente da UFMA Câmpus Imperatriz investiga as potencialidades das aplicações de cristais orgânicos com inovações para a saúde e tecnologia

publicado: 23/01/2025 14h36, última modificação: 23/01/2025 15h52
Discente da UFMA Câmpus Imperatriz investiga as potencialidades das aplicações de cristais orgânicos com inovações para a saúde e tecnologia

O campo da pesquisa científica, especialmente nas áreas de Engenharia de Alimentos, tem ganhado novas perspectivas com projetos inovadores. Um exemplo disso é o trabalho de Bruno Henrique Guimarães de Sousa, estudante do sexto período de Engenharia de Alimentos, que tem se dedicado ao estudo e à síntese de cristais orgânicos com propriedades diferenciadas. A pesquisa, ainda em andamento, busca explorar a criação de materiais que podem ter grande aplicabilidade, desde a farmacologia até outras áreas.

Bruno, orientado pelo professor Pedro Façanha, atua no Laboratório de Espectrometria Raman (LER), com o apoio de mestrandos da pós-graduação. Atualmente, o projeto de Bruno está focado na criação de um cristal que, a princípio, pode ser usado em óptica não linear — uma área que busca manipular ondas eletromagnéticas para várias finalidades. Bruno descreve que a óptica não linear permite “dobrar a frequência de uma onda, fazendo com que ela chegue mais longe e, assim, tenha maior alcance”. O objetivo principal é a síntese de um material, inicialmente composto por cristais de aminoácidos e dicarboxílicos, que, por sua vez, têm grandes funções biológicas no nosso organismo, especialmente na biossíntese de proteínas e no aumento da solubilidade de medicamentos.

Embora ainda em fase de estudo, Bruno vê grande potencial de seu projeto na sociedade. Segundo ele, a melhoria na solubilidade dos medicamentos, por exemplo, pode facilitar a entrega mais eficiente dos remédios no organismo, ampliando seu efeito terapêutico. “Essa parte de melhorar a interação das ondas e sinais pode ter um impacto positivo em várias áreas, especialmente na medicina”, explica Bruno.

No entanto, como o projeto ainda está em estágio inicial, Bruno destaca que os resultados ainda são preliminares. A expectativa é que, dentro de dois a três anos, seu trabalho seja concluído, com a possibilidade de patentear um novo material que possa ser aplicado tanto na saúde quanto em outras áreas. Atualmente, ele possui um ano de pesquisa dedicado a esse estudo e a possibilidade de renovar sua bolsa de pesquisa para mais um ano.

O projeto de Bruno está sendo desenvolvido com o apoio de um doutorando do grupo, Alexandre Saraiva, e anteriormente contou com a ajuda do mestre Daniel Ribeiro, que o auxiliou na fase inicial de síntese.

A possibilidade de criar novos materiais com características únicas, que podem beneficiar áreas como a farmacologia ou a tecnologia, é um dos grandes atrativos deste projeto. Bruno acredita que, ao final de sua pesquisa, poderá trazer uma solução inovadora para problemas que envolvem a eficiência e a eficácia de terapias medicamentosas e, quem sabe, até mesmo abrir portas para avanços tecnológicos.

Embora o trabalho esteja apenas no começo, a dedicação de Bruno e o potencial de suas descobertas tornam-no um avanço na pesquisa acadêmica na Engenharia de Alimentos.

Por: Amanda Cibelly 

Revisão: Jáder Cavalcante 

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