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Dia Internacional da Mulher marca a luta histórica das mulheres por igualdade de gênero

publicado: 08/03/2023 14h30, última modificação: 08/03/2023 14h30
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Anualmente, todo 8 de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Mas você sabe o porquê? A data decorre de um acontecimento, entre o fim do século XIX e o início do XX nos Estados Unidos e na Europa, com a união das mulheres que realizaram manifestações exigindo a redução das jornadas de trabalho, salários melhores e o direito ao voto.

Em 1910, durante a Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em Copenhague, capital da Dinamarca, a líder socialista alemã Clara Zetkin propôs a criação do Dia Internacional da Mulher, mas sem uma data específica. Em 8 de março de 1917, na Rússia Imperial, ocorreu uma grande passeata de mulheres, em protesto contra a carestia, o desemprego e a deterioração geral das condições de vida no país.

Nos anos seguintes, o Dia Nacional da Mulher passou a ser comemorado naquela mesma data, e em 1975, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu oficialmente o Dia Internacional da Mulher, permanecendo com a data a fim de promover a igualdade de gênero e celebrar as conquistas das mulheres ao longo da história.

Para a vice-coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCom), Patrícia Rakel de Castro, docente do curso de Comunicação Social – Jornalismo, a data representa para além de uma rememoração e de uma validação da história das lutas das mulheres por igualdade de gênero, hoje, também corresponde a novos substratos de lutas por reconhecimento de um pluralismo da existência da mulher.

Já a discente do curso de Comunicação Social – Relações Públicas Kleudiane Campos, que tem deficiência visual, relatou que, por muitos anos, as mulheres com deficiência não se sentiam pertencentes ao Dia Internacional da Mulher. “Foi a partir de diversas reivindicações, que começamos a ocupar os espaços e passamos a sermos, também, homenageadas nesse dia tão significativo para as mulheres com ou sem deficiência”, expressou.

Ela ingressou na Universidade no primeiro semestre de 2019, pelo sistema de vagas destinadas a pessoas com deficiência (PcD), conforme a Lei nº 13.409/2016, também conhecida como Lei de Cotas. “Desde o primeiro semestre eu já era atuante na luta contra o capacitismo – discriminação contra pessoas com deficiência – dentro da UFMA. A discriminação é o que mais fere a nossa honra e a nossa integridade como mulheres”, afirmou Kleudiane.

A professora Rakel destacou que a Universidade não está apartada da sociedade, e, sim, faz parte dela, por isso pode e deve ser um ambiente mais inclusivo para as mulheres. Não só no âmbito do debate, mas no campo do desenvolvimento de pesquisas e de projetos de extensão. “Não pode existir igualdade social sem igualdade de gênero. A mensagem que desejo deixar para as mulheres que querem seguir carreira universitária é que esses espaços precisam da nossa ocupação, sempre precisaram e agora mais do que nunca”, afirmou.

Parabéns às mulheres da UFMA, de São Luís, do Maranhão, do Brasil e do Mundo. Feliz Dia das Mulheres!

Por: Layane Garcêz 

Produção: Bruna Castro

Revisão: Jáder Cavalcante

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