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Departamento de Engenharia Civil da UFMA realiza palestra sobre princípios de inspeção e conservação para edifícios históricos
O projeto de extensão “Conservando nossa história edificada: inspeção e diagnóstico de edifícios históricos da cidade de São Luís”, coordenado pelos professores do curso de Engenharia Civil Wallace Maia e Ana Beatriz Segadilha, realizou, na manhã desta sexta-feira, 1º, uma palestra sobre princípios de inspeção e conservação para edifícios históricos com enfoque na preservação e análise de prédios da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) como Sioge, Palácio das Lágrimas, Edifício Cavalo de Tróia e Faculdade de Direito.
Em parceria com a Superintendência de Infraestrutura (Sinfra), o projeto teve início em janeiro de 2022, e aborda a importância da preservação do patrimônio histórico, por meio da inspeção e do diagnóstico das condições atuais da arquitetura, materiais e estruturas das edificações históricas da cidade de São Luís, especialmente construções de domínio da UFMA. A palestra teve por objetivo categorizar e fundamentar a tomada de decisões na utilização da técnica adequada de intervenção nos projetos de conservação ou programas de reúso e reforços das edificações, o aumento da vida útil e manutenção dos valores patrimoniais (histórico, técnico e documental) da cidade.
Ana Beatriz Segadilha, docente do curso de Engenharia Civil, uma das idealizadoras do projeto de extensão e palestrante, pontua que a finalidade da palestra é estender a temática para além da Universidade, visando aplicar novas ferramentas de proteção ao patrimônio. “Nosso objetivo é atender aos alunos da Engenharia Civil, que é a parte da proteção ao patrimônio histórico e também levar essas informações para pessoas fora da Universidade, pois é um projeto de extensão. Por mais que tenhamos trabalhado com projetos e com prédios que saiam da Universidade, nosso objetivo é levar essas informações e disseminar essa informação também para fora dos muros da instituição com a possibilidade de novas ferramentas de proteção ao patrimônio”.
A palestra foi aberta ao público e contou com a presença de docentes e discentes participantes do projeto de extensão, além de pessoas das áreas da engenharias interessadas no assunto.
O professor Wallace Maia, docente do curso de Engenharia na disciplina “Concreto Armado” e um dos idealizadores do projeto de extensão, fala um pouco sobre a palestra, a organização e os pontos principais abordados durante o evento: “Essa palestra é fruto de um projeto de extensão que visa cuidar do nosso patrimônio construído, nós temos uma quantidade muito grande de edificações e que por vezes não tem sido cuidada da melhor forma possível, então o projeto de extensão visa cuidar dessas edificações, desse patrimônio construído por meio de inspeções, análise histórica para trazer um suporte para futuras intervenções de reabilitação, no caso a gente tem trabalhado com edificações, mas que são administradas pela UFMA, pela Prefeitura e dessa forma a gente consegue obter mais dados, aprofundar no histórico dessas edificações e conseguir trazer uma informação mais balizada, mais técnica para que a própria Prefeitura do Câmpus possa intervir de uma forma mais eficiente” explica.
De acordo com Wallace, o projeto surgiu na necessidade de avaliar e cuidar do patrimônio histórico da UFMA e da cidade de São Luís após sua ida ao doutorado em Portugal, onde observou o cuidado com que as edificações eram cuidadas e preservadas, e, juntamente da professora Ana Beatriz, que é arquiteta, foi criado um grupo coeso e que pudesse unir a comunidade junto de alunos de engenharias engajados no projeto.
A aluna Marina Coelho Misenas, membra e voluntária do projeto, destaca que a experiência proporcionada pelo projeto de extensão tem enriquecido substancialmente sua compreensão sobre as construções históricas. "O que me mudou ao entrar nesse projeto, acredito que seria uma Engenheira incompleta, pois tudo mudou a partir da minha percepção dentro dessas atividades na cidade de São Luís, mudou minha percepção a respeito das edificações históricas, de como a cultura, as intervenções, a instituição preserva essas construções, então tudo mostra que a engenharia está caminhando para um bom lugar” expressa.
Por: Karina Soares
Fotos: Gabriel Jansen
Produção: Alan Veras
Revisão: Jáder Cavalcante