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Departamento de Comunicação Social e Programa de Pós-Graduação em Comunicação do Câmpus São Luís promoveram debate on-line sobre o filme Codinome Clemente

publicado: 14/12/2021 11h40, última modificação: 15/12/2021 19h32

No dia 11 de dezembro, de forma on-line, foi realizado um debate sobre o filme Codinome Clemente, organizado pelo Departamento de Comunicação Social da UFMA junto com o Programa de Pós-Graduação em Comunicação do Câmpus São Luís. O evento contou com a participação de pesquisadores da UFMA, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade de São Paulo (USP).

Codinome Clemente é um longa-metragem documental biográfico, que tem como temática os guerrilheiros que atuaram nos anos de 1960 e 1970 no Brasil, no contexto da ditadura militar, tendo como personagem principal o comandante do grupo de fogo da ação libertadora nacional, Carlos Eugênio Paz ou, como era chamado, o Clemente.

O filme participou de vários festivais e ganhou recentemente o prêmio da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) como melhor longa-metragem e o prêmio de melhor filme pelo júri popular no festival Aruanda do Audiovisual Brasileiro, da Paraíba, na edição de 2020.

A película conta com um depoimento de Ivan Seixas, guerrilheiro da década de 60 e 70, que deu seu testemunho como sobrevivente e resistente. O guerrilheiro foi a principal fonte da produtora, cineasta e jornalista Isa Albuquerque, graduada em jornalismo pela UFMA e pós-graduada em Ciências Humanas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).

No debate, Ivan Seixas relatou sobre a importância de haver produções que mostrem a verdade sobre os acontecimentos da época, para evitar que versões romanceadas ou mentirosas sejam disseminadas. “Temos uma preocupação com esses filmes, livros e tudo que for relativo a esse período. Eu me coloco sempre nessa posição de dar o testemunho, eu faço questão disso porque acho que tenho o dever com a juventude, com as futuras gerações, de contar o que aconteceu no Brasil. Orgulho-me muito de ter participado, resistido e sobrevivido. Eu tenho a obrigação ética, política, moral e histórica de ajudar na pesquisa sobre o tema”, afirmou.

Isa Albuquerque falou a respeito da escolha de Carlos Eugênio como personagem principal do filme. “Ele, com seu exemplo de vida, nos ajuda a entender a própria história. É uma personagem que tem singularidade e favorece o desenvolvimento de uma narrativa única. É muito original, traz revelações sobre esse período e tem muita representatividade dessa geração, desse período em que ele viveu. Por tudo isso, ele é uma grande personagem”, ressaltou.

A discussão também contou com a professora Patrícia Rakel de Castro, chefe do Departamento de Comunicação Social do Câmpus São Luís; do professor José Ferreira Júnior, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Comunicação do mesmo câmpus; da pesquisadora Maria Claudia Ribeiro, pós-doutora pelo Instituto de Altos Estudos da América Latina e pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Unicamp.

Assista ao debate completo e às considerações finais sobre o filme:

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Por: Bruna Castro

Produção: Marcos Paulo Albuquerque

Revisão: Jáder Cavalcante

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