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Curso de biblioteconomia promove 4ª edição da exposição "História da Escrita e dos Suportes Informacionais"
A exposição “História da Escrita e dos Suportes Informacionais", promovida pelos discentes do terceiro período do curso de Biblioteconomia, está em sua quarta edição e faz parte da atividade final da disciplina de História do Livro e das Bibliotecas, com orientação da professora Diana Rocha. A iniciativa ocorre na Biblioteca Rubem Rodrigues Ferro, do Centro de Ciências Sociais da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e vai ficar disponível até dia 28 de fevereiro.
Segundo a docente Diana Rocha, a disciplina de História do Livro proporciona aos estudantes o entendimento de outras formas da existência do livro e foi com base nessa reflexão que a exposição surgiu.
“A gente hoje trabalha o livro digital, o livro em papel, a gente conhece esse modo de pesquisa nos códices, nos livros, do jeito que a gente utiliza atualmente, porém é interessante a gente pensar que nem sempre existiu esse formato de livro, livro de papel, livro feito de papel ou recurso digital ou audiovisual, ou alguma inovação do tempo presente. É interessante a gente pensar em períodos anteriores ao surgimento do próprio papel, né? Que foram os papiros durante a Idade Média. É interessante a gente pensar o que existia antes disso, né? Como é que os povos se comunicavam? De que forma eles produziam os livros? De que forma eles consumiam também aquele registro escrito? Então, o objetivo principal da disciplina é levar os alunos a pensarem nisso e não se impressionarem com as inovações do mundo presente, né? Porque a gente fala: ah, inovação, tecnologia, todo mundo fica abismado. Não, sempre houve tecnologia, sempre houve inovação. Então, a gente tem que contextualizar”, comentou a professora.
Durante o processo de organização e planejamento da exposição, os estudantes pesquisaram, estudaram e produziram réplicas da cultura material bibliográfica. A turma foi dividida em reino mineral, reino vegetal e reino animal, apresentando as diferenças entre eles e a influência na história da escrita. O envolvimento dos estudantes, desde o estudo e a apresentação do contexto de cada peça, possibilita a ampliação do conhecimento sobre a temática e a importância e mudança da escrita e do livro.
Para a discente de biblioteconomia Camila Fonseca, a exposição enriqueceu o seu conhecimento e promoveu o aprendizado sobre os costumes e o contexto dos primeiros povos. “É bem interessante essa exposição, porque, quando a gente pensa em relação ao livro ou à escrita, a gente sempre pensa num formato já de hoje, nos dias de hoje. Então, a gente nunca pensa como é que houve essa evolução, como é que os primeiros povos se comunicavam, como é que os primeiros povos transmitiam essa informação, como é que eles transmitiam para as pessoas, ou como é que eles se expressavam. Então, eu achei extremamente interessante, porque eu comecei a entender e compreender que a escrita vem muito antes do ABC, do alfabeto que conhecemos. Ela vem das primeiras pinturas, das primeiras formas de expressão e ela vai evoluindo cada vez mais”, expressou a estudante.
Adquirindo conhecimento
A escrita e a leitura são atividades fundamentais para o desenvolvimento do ser humano, aprimorando a imaginação, o vocabulário, a criatividade e a compreensão das informações. A exposição “História da Escrita e dos Suportes Informacionais" incentiva a busca pelo conhecimento sobre os antigos costumes e reforça a importância do livro para o desenvolvimento da sociedade.
O historiador do Sistema Integrado de Bibliotecas (Sib), Flávio Matos, visitou os estandes e compartilhou a experiência vivenciada. “É uma oportunidade muito interessante de entender esses processos da escrita, a gente pega um livro na estante, sempre acha que chegou muito simples ali e não se dá conta de todo o avanço tecnológico que é você ter um livro, de que ele vale não só pela informação escrita, mas até por seu modo de produção, de todo o trabalho técnico que há por trás de inúmeros profissionais”, afirmou o historiador.
Diana Rocha conta a expectativa para a exposição e os benefícios para os estudantes de biblioteconomia. “A gente sabe que os alunos de biblioteconomia do primeiro período, que são alunos iniciantes, estão conhecendo o curso, muitas vezes vêm sem saber muito bem do que é que se trata, e a nossa intenção é trazer à tona essa reflexão, o que é o livro, a importância da preservação desse bem cultural e também explicar para eles que, para nós entendermos toda essa história e entendermos a importância da sua preservação, cabe a pesquisa bibliográfica, cabe a pesquisa documental, cabe também mostrar realmente que essa teoria pode ser prática. Então, outra coisa é tentar mostrar para os alunos como eles podem se organizar em uma exposição, levar essa exposição para outros espaços e mostrar realmente o seu valor na condição de estudantes. São alunos do terceiro período que conseguem fazer uma exposição, ir mostrando um bem cultural que precisa ser conservado, preservado, a importância desse conteúdo, não é só o aspecto do suporte, mas também levar que a forma de cada um dos suportes tem, preconiza uma forma de ler”, finalizou a docente.
Por: Aline Vitória
Fotos: Aline Vitória
Revisão: Jáder Cavalcante
