Crescimento da pesquisa e da extensão são apresentados durante simpósio realizado em Balsas

Nos dias 27 e 28 de março, o Centro de Ciências de Balsas (CCBl) recebeu comitiva da UFMA para abordar temas importantes na academia e que contribuem para o desenvolvimento do estudante durante seu percurso na Universidade. O Simpósio da Agência de Inovação, Empreendedorismo, Pesquisa, Pós-graduação e Internacionalização (Ageufma), Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proec), Pró-reitoria de Assistência Estudantil (Proaes) e Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) foi realizado em três momentos.

O primeiro ocorreu nessa segunda-feira, 27, no período da manhã, com as palestras da diretora de pesquisa e inovação tecnológica, professora Tereza Cristina Franco, e do diretor de internacionalização, professor Sávio Sinfrônio, que participaram remotamente por meio do Google Meet, e da diretora de pós-graduação, professora Flávia Nascimento.

A professora Tereza apresentou os avanços da pesquisa e da inovação tecnológica da UFMA comparando o crescimento da Universidade de 2007 para 2022. Em 2007, segundo ela, existiam 319 doutores, o equivalente a 35% do corpo docente, já em 2022, esse número cresceu para 1.344, ou seja, 75% do corpo docente. Os programas de pós-graduação também tiveram um salto significativo, passando de 13 cursos em 2007 para 54, em 2022. Há uma observação nesses dados quanto ao Mestrado Profissional que, em 2007, não havia nenhum curso, já em 2022, a Universidade possui 12. Por meio de gráficos, ela apontou o crescimento de publicações de artigos e número de citações indexados na Web of Science.

“Os dados apresentados mostraram que a Universidade teve um avanço significativo, artigos publicados e, principalmente, artigos qualificados. Essa qualificação pode ser medida também pelo número de citações. Tivemos um aumento no número de citações, ou seja, nossos artigos publicados têm um impacto na comunidade científica internacional e como avançamos em nossos índices”, afirmou.

Logo após, o diretor de internacionalização, professor Sávio Sinfrônio, falou sobre a política de internacionalização da UFMA. Ele apresentou a ACS Guide to Scholary Communication, uma ferramenta institucional utilizada por diversas universidades do mundo. E, em seguida, ilustrou o engajamento da Universidade nas redes e associações de internacionalização. “Hoje, a UFMA participa de algumas associações internacionais como, por exemplo, do Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras, da Associação Brasileira de Educação Internacional, da Comissão Fullbright Brasil, do Impacto Acadêmico das Nações Unidas ­– uma iniciativa da ONU. Como fruto dessas parcerias, temos observado que a UFMA tem obtido excelentes índices de classificação junto a órgãos de avaliação acadêmica nacionais e internacionais”, detalhou.

Já a diretora de pós-graduação, professora Flávia Nascimento, encerrou a programação da manhã com a palestra “A Pós-Graduação da UFMA nos últimos dez anos, resultados da avaliação quadrienal e planejamentos futuros”. Ela falou da distribuição dos programas de pós-graduação, enfatizando que, em São Luís, no Centro de Ciências da Saúde (CCBS), existem 14 programas; no Centro de Ciências Exatas e Tecnologia (CCET), 13; no Centro de Ciências Humanas (CCH), 11; e, no Centro de Ciências Sociais (CCSo), 7. Já no continente, existem cinco programas de pós-graduação no Centro de Ciências de Imperatriz (CCIM), dois no Centro de Ciências de Chapadinha (CCCh) e um no Centro de Ciências de Bacabal (CCBa). Segundo ela, a meta é ampliar esses números para que todos os câmpus da Universidade tenham, pelo menos, um programa de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado).

“Não há nenhum registro de quando iniciou o primeiro curso de especialização, mas, em nossos arquivos, conseguimos encontrar quando iniciou o primeiro curso de mestrado, que foi em 1988, há 34 anos. Já o primeiro de doutorado, teve início em 2001, há 22 anos. No continente, o primeiro curso de mestrado teve início em 2012, e de doutorado, em 2019”, explicou a professora Flávia.

As palestras da manhã podem ser assistidas no Canal Institucional da UFMA, no YouTube

No período da tarde, foi a vez do Diretor de Gestão da Inovação e Serviços Tecnológicos, professor Danilo Lopes, do pró-reitor da Ageufma, professor Fernando Carvalho, da pró-reitora de extensão e cultura, professora Zefinha Bentivi e do diretor do projeto da Universidade da Terceira Idade (Uniti), Marcos Moura.

O professor Danilo falou dos avanços da UFMA no âmbito da inovação. Ele apresentou tópicos como o marco legal e CT&I, as ações da UFMA e os desafios, as oportunidades e as perspectivas. Danilo explicou que o marco legal visa criar um ambiente mais favorável à pesquisa, ao desenvolvimento e à inovação nas universidades, nos institutos públicos e nas empresas. Durante sua apresentação, ele destacou que, no Ranking das Universidades Folha de 2019, a UFMA ocupa a 51ª posição entre as 197 instituições avaliadas.

Danilo destacou a inovação na UFMA mostrando que é uma área transversal que permeia as atividades fundamentais e indissociáveis da Universidade e que envolve novos processos, teorias, serviços e produtos, resultando em desenvolvimento socioeconômico. “Entende-se que o fomento à inovação é o caminho, uma vez que a UFMA possui o papel estratégico e a sua capacidade de relacionamento com os setores governamental, produtivo e sociedade civil, no desenvolvimento socioeconômico local, regional, nacional e internacional”, declarou.

Na área da extensão, a pró-reitora de extensão e cultura, professora Zefinha Bentivi, e o diretor da Uniti, Marcos Moura, abordaram pontos como inovar, modernizar, institucionalizar e consolidar. Segundo ela, a extensão é o caminho pelo qual a Universidade chega mais rápido às necessidades sociais. A professora apresentou os projetos de extensão e cultura cadastrados no SIGPROJ, em 2019, contemplando 61 mil pessoas, falou da mudança de cultura organizacional e dos quatro programas próprios da Proec, em 2022, que resultaram em 328 projetos e 52 cursos, contemplando mais de quatro milhões de pessoas.

Entre as várias ações de extensão e cultura, houve um destaque para o Festival Guarnicê de Cinema, que a UFMA realiza anualmente, e, no ano passado, na 45ª edição, o evento recebeu mais de 9.500 visitantes de diversos locais do mundo, em uma atividade que foi realizada de forma híbrida. “Na última edição do Guarnicê, em 2022, foram mais de 41 mil visualizações na plataforma e aplicativo CineGuarnicê, desenvolvidos pela Superintendência de Tecnologia da Informação, em parceria com a Eduplay, plataforma de streaming da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa”, lembrou.

Para encerrar as atividades do primeiro dia do simpósio, foi a vez do pró-reitor da Ageufma, professor Fernando Carvalho, que abordou a política de empreendedorismo na UFMA. Segundo ele, verificou-se que 32% dos discentes da graduação não se veem como empreendedores e que esse percentual sobe para mais de 50% em relação à percepção dos discentes da pós-graduação.

Por meio de gráficos, ele apresentou os motivos para os alunos da graduação e pós-graduação não empreenderem. “Realizamos questionários, em 2021, com os alunos, e os resultados foram surpreendentes. Verificamos que 23% dos pesquisados já são empreendedores, da mesma forma que, na pós-graduação, somente 12% são empreendedores, o que representa um número muito baixo. Na pesquisa, observamos que o principal motivo para os alunos da graduação e da pós-graduação não empreenderem, é o fato de não oferecer disciplinas de empreendedorismo”, pontuou.

As palestras da tarde podem ser assistidas no Canal Institucional da UFMA, no YouTube

Por: Sansão Hortegal

Revisão: Jáder Cavalcante