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Conheça as ações que a Diretoria de Assuntos Culturais realizará em 2021
A cultura, na UFMA, é um setor que tem ganhado cada vez mais visibilidade e está sempre inovando e se atualizando, principalmente neste tempo de pandemia. Para saber mais sobre as ações e os projetos realizados em 2020 e para 2021, a Diretoria de Comunicação da Superintendência de Comunicação e Eventos da UFMA conversou com a diretora de Assuntos Culturais da Pró-reitoria de Extensão e Cultura (DAC - Proec), Roselis Câmara. Ela adiantou alguns projetos para 2021, enfatizando a inauguração do Memorial Gonçalves Dias, que ficará exposto no mirante do Palácio Cristo Rei. A inauguração está prevista para ocorrer ainda no primeiro semestre.
Para saber mais das ações realizadas pela DAC, confira a entrevista.
1. Quais as linhas gerais da política cultural da UFMA?
As diretrizes da política cultural da UFMA estão focadas na democratização e no acesso aos bens culturais, na diversidade cultural e na preservação do patrimônio cultural, artístico, histórico e científico. Entendemos que é preciso trabalhar a cultura com base no seu potencial articulador, como elemento transversal no tripé ensino, pesquisa e extensão, tendo como foco o compromisso social da nossa Universidade.
2. Que balanço pode ser feito das ações culturais em 2020?
O ano de 2020 nos desafiou de todas as formas. Foi um ano que nos tirou da zona de conforto. No início da pandemia, acreditávamos que seriam apenas alguns dias de confinamento. Só que esses dias foram se estendendo e tornaram-se sem previsão... Então, tivemos que aprender a lidar com o cenário que se apresentava. Reinventar as formas de fazer a cultura chegar até as pessoas, sobretudo, porque as pessoas estavam em casa, precisando da cultura para atravessar o período de isolamento social.
Foi então que a Diretoria de Assuntos Culturais da Pró-reitoria de Extensão e Cultura (DAC - Proec), com o apoio das Superintendências de Tecnologia da Informação e de Comunicação e Eventos, por meio da Diretoria de Comunicação e da TV UFMA, inovou e realizou a edição do 43º Festival Guarnicê de Cinema em formato híbrido, com solenidade de abertura estilo cine drive-in; realizou a 40ª edição do Festival Maranhense de Coros (FEMACO) totalmente on-line, em uma edição que contou com a participação recorde de 56 grupos de canto coral das cinco regiões do Brasil, além de um grupo chileno, um mexicano, dois belgas e um colombiano.
Também realizamos o projeto Do Nosso Jeito, com programação 100% on-line. Esse projeto ofereceu uma programação multicultural, por meio de lives, em plataformas como o Instagram e YouTube. Finalizamos, ainda, com o auxílio da historiadora Mayjara Costa, a escrita do livro referente à gestão do reitor José Maria Cabral Marques.
Em 2020, firmamos uma parceria com a Secretaria de Estado da Cultura (SECMA), para iniciarmos a instalação do Memorial Gonçalves Dias no Mirante do Palácio Cristo Rei, que será inaugurado nos próximos meses. Iniciamos o trabalho de instalação do Museu da UFMA no Cristo Rei, com a produção do mobiliário expositivo.
Infelizmente, tivemos que cancelar as exposições previstas para o Palacete Gentil Braga e para o Memorial Cristo Rei devido à crise sanitária. Então, podemos dizer que o balanço das ações culturais da PROEC foi bastante positivo!
3. Para efetivar uma ação cultural na UFMA, precisa ter um projeto?
A orientação da Proec - UFMA é que sim. É preciso institucionalizar as ações de cultura e extensão desenvolvidas no âmbito da nossa Universidade. É preciso registrar, para que possamos acompanhar essas ações.
Uma vez que a ação esteja institucionalizada, é possível divulgá-la, elaborar boletins e estatísticas que são de interesse da comunidade acadêmica. Portanto institucionalizar é bom para o professor, para o técnico, para os discentes envolvidos, para a Universidade e sua comunidade acadêmica. Infelizmente, ainda é comum docentes desenvolverem projetos de extensão e não institucionalizarem. Por isso, muitas vezes, essas ações não chegam ao conhecimento da PROEC, é como se não existissem. Não são contabilizadas, não aparecem nos boletins estatísticos de produção da nossa Universidade.
4. Quem se interessa por fazer cultura na UFMA precisa conhecer quais normativas?
Para direcionar bem os processos, é preciso conhecer as Resoluções CONSEPE que regulamentam as ações de extensão e cultura no âmbito da nossa Universidade, bem como as normas internas.
5. O que está sendo preparado para a cultura na UFMA em 2021?
Nós estamos trabalhando para a reinauguração do Memorial Cristo Rei, com o seu novo projeto museográfico, que garante melhor disposição, distribuição, proteção e apresentação das peças que compõem a exposição de longa duração do museu. A conclusão da instalação do Memorial Gonçalves Dias, o lançamento do livro sobre a gestão do reitor José Maria Cabral Marques, acerca de sua trajetória de vida, das experiências profissionais, especificamente, o percurso trilhado pela reitoria da UFMA. O processo para a produção do livro foi encaminhado à Editora da UFMA no mês de outubro de 2020.
Vamos realizar o lançamento do Programa Educativo e Cultural do Memorial Cristo Rei, reinaugurar o arquivo com a história da UFMA, agora digitalizado. Estamos trabalhando na 44ª edição do Festival Guarnicê de Cinema e na reestruturação do Projeto do Nosso Jeito para ampliá-lo, inserir outras linguagens e expandir seu alcance. Também já estamos trabalhando na produção do FEMACO. Vamos apresentar, muito em breve, um projeto de itinerância cultural. Temos, ainda, um projeto que apresentamos para a AGEUFMA, direcionado para Alcântara, um projeto que objetiva a integração do tradicional com o moderno, baseado no desenvolvimento em inovação de processos humanos e tecnológicos. Esse projeto é desenvolvido pelas duas diretorias da PROEC: a de Cultura e a de Extensão.
6. Existem ações culturais em todos os câmpus da UFMA?
Nós já fizemos esse levantamento e constatamos que ainda não temos ações culturais em todos os câmpus da UFMA, mas é desejo da nossa Pró-reitora que isso possa ser uma realidade em breve. Se não alcançarmos todos os câmpus, mas que possamos ampliar os números atuais.
Nesse sentido, estamos elaborando um projeto (que está na reta final) em conjunto com a Diretoria de Extensão para o alcance desse propósito. Contudo é importante também que essas ações partam dos docentes e técnicos lotados nesses câmpus, para que as ações sejam desenvolvidas em direção à autonomia. Reforçamos, ainda, a importância da institucionalização dos projetos, pois assim teremos condições de fazer levantamentos estatísticos da situação. Como falamos anteriormente, todos ganham com a institucionalização das ações, dos projetos de extensão e cultura.
7. Quais os principais desafios de se fazer cultura na Universidade?
São muitos, que vão desde a falta de recursos, pois não há verbas destinadas às universidades públicas para esse fim, ao desejo de se dar à cultura a mesma importância que se dá ao ensino e à pesquisa, por exemplo. Mas eu destaco que a missão mais importante do desenvolvimento de ações culturais na Universidade é proporcionar o acesso da comunidade aos bens culturais. Infelizmente, paga-se um elevado preço para se ter acesso à arte, ao entretenimento, à cultura, enfim...
8. A UFMA vai ganhar um novo espaço cultural. Como será?
Na verdade, não é um espaço. É um programa que está sendo construído para ser desenvolvido na área Itaqui-Bacanga, mas ainda está em planejamento. Vamos falar mais dele no lançamento.
9. Como foi o desafio de fazer cultura no formato remoto?
A verdade é que nos vimos diante de diversos desafios nesta pandemia. Com a falta de mobilidade, tivemos que aprender muito em 2020. Aprender a lidar com várias plataformas e ferramentas que possibilitaram nossa comunicação de maneira remota. Foi preciso adaptação, estudo e muita sensibilidade diante da realidade que envolve distanciamento social, novos hábitos e comportamentos. Fazer cultura no formato remoto foi mais um dos desafios que tivemos que enfrentar em 2020, pois entendemos que a cultura, como parte do desenvolvimento humano, não podia parar.
Buscamos métodos que nos permitiram desenvolver a maioria dos nossos projetos, mesmo diante da atual realidade mundial. Precisamos reconhecer que desenvolver nosso trabalho na PROEC só foi possível devido ao empenho do reitor Natalino Salgado, no sentido de investir em tecnologias e ferramentas que nos permitiu a comunicação remota, de forma eficiente, em todos os setores da UFMA.
Esses investimentos possibilitaram que a universidade não parasse, ao mesmo tempo em que garantiu a segurança de todos. Nós, da Diretoria de Assuntos Culturais da Proec, nos valemos dessas ferramentas para fazer cultura no formato remoto.
Por: Diretoria de Comunicação
Revisão: Jáder Cavalcante