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Comunidade africana da UFMA promove evento em comemoração aos 51 anos da Independência de Guiné-Bissau e Centenário de Amílcar Cabral

publicado: 23/09/2024 15h18, última modificação: 23/09/2024 23h09
Comunidade africana da UFMA promove evento em comemoração aos 51 anos da Independência da Guiné-Bissau e Centenário de Amílcar Cabral

Discentes e docentes da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) de origem guineense realizam, nessa terça-feira, 24, o evento de comemoração dos 51 anos de Independência de Guiné e o Centenário de Amílcar Cabral. Promovido pela Associação dos Africanos no Maranhão (Aama), o encontro será realizado no Miniauditório do Centro Pedagógico Paulo Freire, Asa Sul, Câmpus Bacanga, a partir das 14h. 

A comemoração tem por objetivo celebrar o momento histórico da Independência para Guiné-Bissau, assim como abordar os aspectos políticos e culturais que giram em torno de sua história, como destaca Aivandra Levy Menout, representante da Aaama e responsável pelo evento. “Este evento vai tratar o processo até a proclamação da independência e conheceremos mais sobre Guiné-Bissau, que possui um património cultural, rico e diversificado. As diferenças étnicas e linguísticas produziram grande variedade na dança, na expressão artística, na tradição musical e nas manifestações culturais”, informa.

Além disso, o evento celebrará o centenário de Amílcar Cabral, teórico e político guineense responsável por lutar pela independência do país, e as suas contribuições políticas e intelectuais pela libertação colonial de povos nas Américas, na Ásia e África.

“Em plena guerra de libertação pela ditadura portuguesa, Amílcar Cabral, sendo o segundo maior líder mundial de todos os tempos, estava convicto de que Guiné-Bissau alcançaria a sua independência, porém, sem deixar de realçar que haveria desafios pós-independência. É nessa lógica que ele definiu a luta de libertação nacional. Com o objetivo apenas de concretizar a liberdade para seu povo e para o futuro desenvolvimento da nação guineense”, pontua Aivandra Levy Menout. 

O evento é um exemplo da relevância da cultura africana e a história por trás do desenvolvimento do continente que a Associação dos Africanos no Maranhão explora por meio de seus trabalhos, assim como tem o propósito de trazer atenção para sua influência na cultura brasileira.

“A cultura africana é muito importante para a sociedade brasileira, pois contribuiu para a formação da identidade do país em muitos aspectos, como a língua, a religião, a economia, a indústria e as artes. A Associação dos Africanos no Maranhão é uma entidade dedicada a apoiar e desenvolver ações para a defesa, elevação e manutenção da qualidade de vida do ser humano e do meio ambiente, por meio das atividades de educação, associativismo e voluntarismo, promovendo a saúde, cultura, desporto, sustentabilidade e equidade entre os povos africanos e brasileiro”, declara a representante da Aama. 

O evento será dividido em três momentos. Primeiramente, uma mesa de abertura com a presença de alguns convidados. No segundo momento, ocorrerá a palestra do professor Fernando Pedro Dias, com o tema "A Herança Malgerida da Guerra de Libertação de Guiné-Bissau e Cabo Verde". Em seguida, o evento será finalizado com um momento de degustação da culinária típica de Guiné-Bissau e atração musical. 

Por: Pedro Correa

Revisão: Jáder Cavalcante

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