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Aberta a exposição “Centenário do Eclipse de Sobral”, no Planetário da UFMA; a visitação fica aberta por três meses, via agendamento

publicado: 12/08/2021 13h38, última modificação: 12/08/2021 21h35

Teve início, na quarta, 11, no Espaço da Ciência e do Firmamento – Planetário da UFMA, no Câmpus São Luís, a exposição “Centenário do Eclipse de Sobral: Experimento de Comprovação da Teoria da Relatividade”, realizado pelo Laboratório de Divulgação Científica Ilha da Ciência, sob coordenação do professor de Física da UFMA Antônio José Silva Oliveira e com participação da Academia Maranhense de Ciências (AMC). A cerimônia de abertura contou com a presença do reitor Natalino Salgado; da pró-reitora de Extensão e Cultura (Proec), Zefinha Bentivi; do presidente da Academia Maranhense de Ciências, Henrique Mariano; de pró-reitores, docentes e graduandos da UFMA.

A exposição terá duração de três meses e é aberta a toda a comunidade de São Luís, com visitação nos turnos matutino, vespertino e noturno. São admitidas 15 pessoas por sessão, atendendo aos protocolos contra a covid-19, e a programação envolve testes com experimentos, domo de apresentação de vídeos sobre astronomia, cards de apresentação de cientistas de todas as áreas e observação de planetas e constelações durante a noite. No local, é feita a aferição de temperatura e é disponibilizado álcool em gel para os visitantes.

A exposição releva a importância histórica da ciência e a sua desmitificação, afirmou o reitor Natalino Salgado. “Estamos fazendo um momento de reflexão da importância da física e do conhecimento com base na análise dessa complexa fórmula matemática da Relatividade. Essa exposição é mais um projeto científico para dar conhecimento para a sociedade, para o jovem, e estimular cada vez mais a importância da ciência”, comentou.

Para o presidente da AMC, a colaboração entre instituições é importante para a democratização da análise científica. “A ideia é trazer estudantes para abrir a cabeça das pessoas para além da academia. A parceria entre a UFMA e a Academia Maranhense de Ciência é importante para todas as áreas da ciência. Na exposição, temos gente da área de humanas, naturais e até da música. O evento tem natureza interdisciplinar, precisamos de uma diversidade de pessoas para debater ciência”, apontou Henrique Mariano.

A visitação é realizada por meio de agendamento. Interessados podem enviar solicitação para o e-mail planetário@ufma.br.

Exposição "Centenário do Eclipse de Sobral", no Planetário da UFMA

Saiba mais

A exposição “Centenário do Eclipse de Sobral – Experimento de Comprovação da Teoria da Relatividade Geral” remete à ocasião que pôs em teste a teoria elaborada por Albert Einstein sobre a curvatura da linha do espaço-tempo, em 1919. Uma concepção artística viável para a compreensão da teoria proposta por Einstein é colocar pesos esféricos em um tecido. A alteração na forma do tecido seria a alteração da gravidade no espaço-tempo, curvatura capaz de dobrar até a luz. Para demonstrar o evento, uma experiência foi feita simultaneamente nas cidades de Sobral, no interior do Ceará, e em Príncipe, na África Ocidental.

Segundo a relatividade geral, uma estrela visível nas proximidades do Sol deveria aparecer em uma posição ligeiramente mais afastada. A sua luz deveria ser ligeiramente desviada pela ação da gravidade do astro, e esse efeito somente poderia ser observado durante um eclipse solar total, pois a sua luminosidade impede a visibilidade da estrela em questão. Experimentos semelhantes foram feitos em 2011, com o satélite astronômico Probe B.

Sobre a Teoria da Relatividade

A Teoria da Relatividade foi proposta por Albert Einstein em 1905 e se divide entre duas proposições menores: a relatividade restrita e a relatividade geral. A fórmula gira em torno da ideia de que o estado da matéria no universo é relativo a uma série de fatores, entre eles, sua massa, sua velocidade e sua energia gravitacional. O experimento do Eclipse Solar de 1929 estudou o fenômeno nas cidades de Sobral, no interior do Ceará, e em São Tomé e Príncipe, país da África Central, para medir a dobra gravitacional que o astro-rei exerceu na luz de uma estrela.

Por: Andressa Algave

Produção: Marcos Paulo Albuquerque

Revisão: Jáder Cavalcante

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