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Centro de Ciências de Pinheiro promove roda de conversa sobre a saúde mental no ambiente acadêmico

publicado: 26/11/2024 17h38, última modificação: 26/11/2024 17h44
Centro de Ciências de Pinheiro promove roda de conversa sobre a saúde mental no ambiente acadêmico

O ingresso no ensino superior é uma das mudanças mais significativas na vida de muitas pessoas, que proporciona novas experiências no âmbito do conhecimento e no estabelecimento de novas conexões interpessoais. Entretanto a jornada acadêmica também é revestida de novas responsabilidades, como prazos, estágio, mercado de trabalho e a conciliação de diversas demandas.

Há alguns anos, as condições emocionais e psicológicas na vida acadêmica, no trabalho e nas relações pessoais têm aflorado discussões nos mais diversos ambientes. Com a pandemia da covid-19, o tema ganhou novas e maiores proporções. As alterações na rotina, o sofrimento da perda e as incertezas, escancararam a importância da saúde mental e quão indispensável ela é em todos os contextos.

Em 2019, antes do início da pandemia, a Associação dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) publicou uma pesquisa que mostrava que 80% dos estudantes já tinham apresentado ou ainda apresentava alguma alteração na saúde mental. Trata-se de casos como ansiedade, fobia social, síndrome do impostor e depressão, entre outros.

Entendendo que a saúde mental deve ser prioridade para que o processo de aprendizagem flua de maneira satisfatória, o Centro de Ciências de Pinheiro promoveu a Roda de Conversa: "Conversando sobre Saúde Mental: ansiedade e bem-estar do universitário".

Mediada pela psicóloga Adriana Nascimento, a atividade teve por objetivo oportunizar um momento para a troca de experiências, aprendizagens e busca de estratégias para melhorar a saúde mental no ambiente acadêmico.

Para o professor Roberto Ramos, do Curso de Licenciatura em Ciências Naturais do Câmpus de Pinheiro, a roda de conversa foi uma oportunidade de observar os transtornos e inquietações que podem afetar estudantes e professores, permitindo um olhar mais atento para os fatores que interferem no aproveitamento dos alunos.

“A metodologia foi bem adequada e foi oportunizada a fala aos participantes principalmente sobre aquilo que os afeta ao longo dos trabalhos acadêmicos. [...] Penso que o componente emocional/afetivo é extremamente importante para melhorar os indicadores de desempenho dos alunos como também resolver questões de  retenção e evasão escolar. O apoio acadêmico, nesse sentido, tem feito um belo trabalho em se disponibilizar para ouvir e tentar resolver os problemas dos alunos. Esse acompanhamento é necessário. Penso também que os professores precisam dessa atenção”, pontuou o professor.

Raira Beatriz de Jesus Ribeiro Duarte, discente do curso de Enfermagem, declaro que participar da roda de conversa sobre saúde mental, foi uma experiência muito enriquecedora. “O espaço proporcionado pelos organizadores permitiu que reflexões importantes sobre um tema tão relevante fossem debatidas de forma aberta e acolhedora. Foi interessante ouvir os relatos de terceiros e perceber que muitos desafios são compartilhados, o que reforça a importância do apoio mútuo e do diálogo”, expressou a estudante.

A roda de conversa torna-se importante ao quebrar tabus sobre saúde mental, além de promover a conscientização e o bem-estar da comunidade universitária. “Acredito que ações assim têm um impacto positivo tanto no desenvolvimento pessoal quanto acadêmico dos participantes, e espero que outras rodas de conversa como essa continuem sendo promovidas”, concluiu Raira Beatriz.

Por: Ingrid Trindade

Revisão: Jáder Cavalcante

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