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Centro de Ciências de Balsas conta com novos laboratórios para o desenvolvimento de pesquisas científicas e desenvolvimento da ciência
Como já afirmou a química e cientista britânica Rosalind Elsie Franklin, “a ciência e a vida cotidiana não podem e não devem ser separadas”, algo que pôde ser visto em fevereiro de 2020, no Centro de Ciências de Balsas (CCBL), localizado a 804 km da capital maranhense, que ganhou uma nova estrutura com laboratórios de pesquisas, a fim de suprir as demandas científicas do curso de Bacharelado Interdisciplinar em Ciências e Tecnologia (BICT), e seus respectivos bacharelados, entre eles Engenharia Ambiental, Engenharia Civil e Engenharia Elétrica.
Em conversa com a Diretoria de Comunicação, a diretora do CCBL, Gisélia Brito dos Santos falou da importância do laboratório de pesquisa para a produção científica no meio acadêmico, tendo em vista que esse espaço é a base para o desenvolvimento de pesquisas que visam provocar mudanças na ciência, bem como na Universidade e na sociedade. Portanto é crucial a existência desse espaço equipado e com materiais que possibilitem a realização de investigações experimentais, por meio de teste de hipótese, para a elaboração de novos produtos, inclusive, de novas teorias e metodologias, em sua visão.
Para ela, os laboratórios ajudam a impulsionar o desenvolvimento científico, no que tange ao aumento do espaço de criação e reflexão, em que o conhecimento evolui por meio de um processo dinâmico da capacidade de observação, da crítica e da argumentação do cientista. Também lembrou que a cidade de Balsas cresceu sem planejamento e enfrenta sérios problemas relacionados ao saneamento ambiental, transporte e à mobilidade urbana. “É importante citar a questão do fomento à pesquisa, haja vista que ele impulsiona a economia e produz mais ciência e tecnologia, gerando, assim, progresso à sociedade”, comentou.
Pesquisa na Academia
O CCBL desenvolve pesquisas nas áreas de “ciência e tecnologia” e “engenharias”. No curso de Engenharia Civil, por exemplo, são realizados trabalhos voltados às questões urbanas, como “mobilidade urbana” e “descartes de resíduos sólidos” na cidade de Balsas. Elas são produzidas com baae em projetos de pesquisa, que são aprovados nos colegiados, bem como nas demais instâncias de aprovação, segundo Gisélia.
Há projetos de pesquisa desenvolvidos pelos professores com financiamento e sem financiamento, como o projeto “Avaliação do Risco Ecotoxicológico e à Saúde Humana na Bacia Hidrográfica do Rio Parnaíba, Área Transicional do Cerrado e da Amazônia Maranhense”, que é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão; e sem financiamento, como, por exemplo, “Panorama do Saneamento Básico da Mesorregião Sul Maranhense” e “Estudo de estruturas topológicas em sistemas moleculares”.
Atualmente, o curso de Engenharia Ambiental conta com Laboratório de Geotecnia Ambiental; Laboratório de Microbiologia e Saneamento Ambiental; Laboratório de Informática II –, destinado ao Geoprocessamento; Laboratório de Recursos Hídricos; Laboratório de Ecotoxicologia; e Biotecnologia Ambiental, que ainda está em construção. No curso de Engenharia Civil, há Laboratório de Materiais e Construção Civil; Laboratório de Topografia, além de Laboratório de Águas e Laboratório de Geotecnia, que são compartilhados com o curso de Engenharia Ambiental.
Já no curso de Engenharia Elétrica, só há laboratórios voltados ao ensino. O projeto de criação dos laboratórios de pesquisa que engloba os campos de “Automação e Controle” e “Sistemas de Energias”, há docentes com temas nas áreas de drones; robótica; controle industrial; e controle inteligente. Em “Sistemas de Energia”, são estudados assuntos nas áreas de “Energias Renováveis”; “Smart Grid”; “Estabilidade”; “Mercados Elétricos”; e “Inteligência Artificial”. Desse modo, a criação de ambientes físicos para a implantação de laboratórios de pesquisas já foi requisitada, e, alguns desses espaços ainda estão em fase de desenvolvimento e reestruturação, com a chegada de equipamentos sofisticados, conforme informou a diretora do CCBL.
A importância do papel da ciência na formação crítica e reflexiva do aluno
Para Hiago Miranda Martins, aluno do oitavo período do curso de Engenharia Elétrica, a nova estrutura que o CCBL recebeu é fundamental para o desenvolvimento dos discentes em seus componentes curriculares, tendo um espaço para colocarem em prática a teoria estudada em sala de aula e, por meio disso, auxiliar melhor nos projetos de iniciação científica da Universidade. “Os laboratórios possibilitam melhor dinâmica para o professor realizar experimentos, que vão além da sala de aula, possibilitando que não fiquemos presos apenas na teoria, mas também tenhamos uma visualização dela na prática”, disse.
Ele explicou que as atividades de pesquisas científicas têm papel fundamental, em relação ao desenvolvimento da Universidade e do curso de BICT. “Com esse novo espaço físico estruturado, poderemos nos sentir mais encorajados para realizar uma produção científica, em que, por meio dos novos laboratórios, teremos estrutura à disposição para auxiliar nessa produção. Os laboratórios trazem até mesmo a questão de acessibilidade aos alunos que precisam de um computador para fazer a parte teórica do seu trabalho, pois muitos não têm esse equipamento em casa”, completou.
Por: Lucas Araújo
Produção: Bruna Castro
Revisão: Jáder Cavalcante