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Câmpus de Chapadinha realiza abertura de simpósio sobre biodiversidade e sustentabilidade
Foi realizada, na manhã de quarta, 29, a abertura do I Simpósio de Ciências Ambientais (Simca) do Centro de Ciências de Chapadinha, que, em sua primeira edição, traz como tema central "Biodiversidade e Desenvolvimento Sustentável". O evento é uma realização do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCAM) e tem por objetivo promover a troca de conhecimento e fortalecer o ensino, a pesquisa e a extensão.
A mesa de abertura foi composta pelos professores Felipe Polivanov Ottoni (presidente do evento), Samuel Vieira Brito (vice-presidente do Simpósio), Raissa Salustiano da Silva Matos (representante dos docentes e coordenadora da comissão cientifica) e pelo diretor do Centro de Ciências de Chapadinha, professor Marcos Antônio Delmondes Bonfim. O evento contou ainda com a participação de alunos e pesquisadores do Câmpus de Chapadinha e de outras universidades.
Em seu discurso, o professor e atual coordenador do PPGCAM, Felipe Ottoni, agradeceu a participação de todos e lembrou que o encontro era uma ideia que já existia desde o início do Programa, mas que só este ano foi possível realizar. “Estamos muito felizes em realizar esse evento, com essa quantidade de alunos. Agradeço aos professores que vieram de outras cidades e a todos que vão participar das palestras e minicursos. É muito bom para a formação de vocês, tanto profissional como pessoal”, ressaltou.
Para o diretor do CCCh, Marcos Bonfim, o evento mostra que o mais novo mestrado do Câmpus de Chapadinha (PPGCAM) está partindo para um grau de consolidação cada vez maior, com diversas ações importantes como palestras, simpósios e mesas-redondas. “Espero que, nos anos seguintes, isso continue e que a gente possa trabalhar de forma conjunta, para consolidar cada vez mais o Programa. Fico feliz em ver aqui ex-alunos que estão terminando o mestrado e torço para que todos aproveitem da melhor forma possível o Simpósio”, declarou.
De acordo com a coordenadora da comissão científica do evento, professora Raissa Matos, ao longo do Simpósio, serão apresentados 84 trabalhos científicos aprovados pela organização. Para ela, o grande foco do primeiro simpósio do PPGCAM é mostrar à comunidade aquilo que vem sendo desenvolvido pelo programa. “Além disso, queremos motivar os discentes a seguirem uma carreira acadêmica e se engajarem neste e em outros programas, a fim de que possam continuar na vida científica”, destacou.
Palestra
Durante a manhã, os participantes do Simpósio assistiram à palestra “PPGCAM: do sonho à realidade", com o professor Samuel Vieira Brito. Em sua apresentação, Samuel Brito fez uma retrospectiva de toda a história da criação do PPGCAM, desde quando surgiu a ideia, em 2016, até a aprovação do Programa pela Capes, em 2018. Além disso, o professor fez um balanço da situação atual do Programa, sobre o que já foi feito, e também falou sobre as perspectivas para o futuro. “Eu vejo como muito positivo o balanço. Nós temos 19 mestres formados, muito deles já são doutores e têm artigos publicados em revistas de alto impacto internacional. Tudo isso em apenas quatro anos, então eu vejo um futuro muito bom para o nosso programa”, comemorou. O próximo passo, segundo Samuel, é criar um doutorado em Ciências Ambientais em Chapadinha.
Mesa-redonda
Na parte da tarde, o público foi agraciado com a mesa redonda “Crise da biodiversidade de água doce: abordagens multidisciplinares como ferramentas para a conservação”, que teve como palestrantes a professora Elisabeth Henschel (UFRJ), o professor Marcelo Costa Andrade (UFMA) e o professor Pedro Henrique Negreiros de Bragança (South African Institute for Aquatic Biodiversity – SAIAB, África do Sul). O mediador do debate, professor Felipe Polivanov Ottoni, explicou que a grande novidade dessa messa-redonda é que ela discute os impactos da ação do homem sobre ecossistemas de água doce, pois as atenções em geral estão mais voltadas para os ambientes terrestre e marinho.
“Apesar de ocupar uma área pequena no planeta, menos de um por cento, existe uma diversidade enorme de espécies habitando esses ecossistemas. Em função desse fenômeno, toda ação do homem acaba tendo influência direta sobre esse ambiente. Por exemplo, a poluição industrial e a poluição agrícola. Todo lixo urbano e todo agrotóxico que é jogado no solo acaba indo para a água doce. Isso faz com que esses ecossistemas estejam muito mais vulneráveis”, explica o professor.
A programação do I Simpósio de Ciências Ambientais prossegue até sexta-feira, 31, no Câmpus de Chapadinha, com mesas-redondas, palestras e minicursos.
Por: Ivandro Coêlho
Revisão: Jáder Cavalcante