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Campanha de doação de roupas e livros é realizada por discentes do curso de Medicina; doações podem ser feitas até segunda, 23
O Núcleo de Estudos sobre Saúde e Subjetividade (Ness), do Departamento de Saúde Pública do Câmpus São Luís, está realizando uma campanha para arrecadação de roupas femininas, masculinas e infantis e de livros de língua portuguesa e infantis a serem doados para Casa de Acolhida São José. As doações podem ser feitas até a segunda-feira, 23 de maio, no Centro Acadêmico de Medicina (Camar), na Faculdade de Medicina, localizado no antigo prédio do ILA, em frente à Praça Gonçalves Dias, Centro.
Segundo Ana Schutz, aluna do sexto período de Medicina, a iniciativa se deu após um trabalho de campo do Ness, que vem desenvolvendo uma pesquisa sobre a saúde sexual e reprodutiva de mulheres migrantes venezuelanas. O trabalho faz parte do projeto Redressing Gendered Health Inequalities of Displaced Women and Girlsem (Reghid), realizado em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade de Southampton, do Reino Unido.
“Essa pesquisa ocorre em São Luís, Manaus, Boa Vista e Pacaraima. Essa semana voltamos de uma viagem de campo, onde visitamos Pacaraima e conhecemos essa instituição que é coordenada pela irmã Maria. É uma casa que acolhe mulheres e crianças nessa cidade, que fica na fronteira e é porta de entrada desses migrantes. Ela nos contou um pouco sobre a história da Casa e da necessidade de roupas e livros infantis e de português e, coincidentemente, ela está em São Luís essa semana, então decidimos arrecadar doações para ela levar”, relatou Ana Schutz.
Mais informações podem ser obtidas por meio do telefone (98) 98409-5475 ou pelo 98421-1079.
Saiba mais
A Casa de Acolhida São José fica localizada no município de Pacaraima, em Roraima, e é coordenada pelas Irmãs de São José de Chambéry no Brasil. O local acolhe migrantes venezuelanos em situação de vulnerabilidade social.
No total, a pesquisa, denominada Reghid, ocorre em quatro países da América Latina – Colômbia, México, El Salvador e Brasil – impactados pelo fluxo migratório de latino-americanos desencadeado em 2014, em função da crise socioeconômica e humanitária vivida naquele país. No caso do Brasil e Colômbia, o fluxo migratório de venezuelanas é feito pelo corredor Sul-Sul.
No Brasil, a pesquisa é coordenada pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP-Fiocruz), em parceria com o Laboratório Território, Ambiente, Saúde e Sustentabilidade (LTASS), do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD-Fiocruz Amazônia).
Por: Allan Veras
Produção: Bruna Castro