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Bolsa de projetos de pesquisa é o primeiro degrau do aluno para o campo científico, afirma diretora da Ageufma

publicado: 16/08/2022 12h37, última modificação: 16/08/2022 21h39
Teresa Cristina explica como essas bolsas são disponibilizadas pela UFMA e quais os benefícios que elas proporcionam para o acesso do estudante à construção do conhecimento, do saber e da ciência.
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Formada em Química Industrial na Universidade Federal do Maranhão, com mestrado na área pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e doutorado em Química Analítica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Teresa Cristina Rodrigues dos Santos Franco é professora do Departamento de Tecnologia Química da UFMA. Atualmente, atua como diretora da Diretoria de Pesquisa e Inovação Tecnológica (Dpit) da Agência de Inovação, Empreendedorismo, Pesquisa, Pós-Graduação e Internacionalização (Ageufma), posição em que busca envolver os estudantes do ensino superior em desenvolvimento de pesquisas científicas, produtos e melhorias tecnológicas.

Em conversa com a Diretoria de Comunicação, Teresa Cristina explicou que a UFMA tem uma política que prevê ofertas de bolsas, por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) e do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti). Inclusive, o processo de disponibilização dessas bolsas ocorre via editais para toda a comunidade acadêmica, a fim de que sejam submetidas propostas de desenvolvimento de trabalhos científicos. “A submissão é realizada pelos próprios orientadores, que são docentes da Universidade e, uma vez que elas são aprovadas, os professores selecionarão os estudantes para desenvolvimento desses projetos”, complementou.

As bolsas não são concomitantes, no entanto isso não impede que elas sejam ofertadas ao decorrer do período letivo, segundo Teresa. “Desse modo, é válido lembrar que, por exigência dos órgãos, a Dpit evita que não sejam alunos do início do período, tampouco do último”, ressaltou. Essa norma, de acordo com a diretora, se resume àqueles que ainda estão em processo de adaptação com seu curso, e aos concluintes dos últimos períodos que não conseguem cumprir o ciclo de um ano que teria que haver para o desenvolvimento do trabalho de pesquisa, bem como apresentá-lo no Seminário de Iniciação Científica e Seminário de Inovação Tecnológica, ao final do ciclo, com a exposição desse trabalho.

Acesso do aluno diante da construção do conhecimento, do saber e da ciência no meio científico

A Dpit tem bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); e da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema). A UFMA também concede bolsas de outros programas, entre elas o Foco Acadêmico. Para a professora, essas bolsas são como o primeiro degrau dos estudantes para o desenvolvimento de pesquisas e para a criação de produtos tecnológicos. “Discentes que entram para a iniciação científica são vistos com muito bons olhos pelos avaliadores dos processos de seleção de mestrado e doutorado”, pontuou.

Os benefícios que as bolsas de projetos de pesquisa trazem, para Teresa, abrem um leque de oportunidades para o estudante. “Por exemplo, já tive casos de discentes que estavam conosco na iniciação científica e, por conseguinte, conseguiram bolsas para desenvolver parte do trabalho fora do Brasil. Então, é uma oportunidade que eles têm para se envolverem e desenvolverem com esses trabalhos e, com isso, fazerem mestrado ou doutorado, além de produzirem pesquisas e publicarem artigos científicos fora do país”, lembrou a docente e pesquisadora.

Pesquisa na Academia

Você se lembra daquele ditado “conhecimento é poder”? Não há palavras que descrevam quão saboroso é obter experiências na Universidade e as bolsas de projetos de pesquisa da UFMA agregaram um grande desenvolvimento acadêmico para o estudante do oitavo período do curso de Turismo, do Centro de Ciências de São Bernardo, José de Ribamar Messias de Sousa Junior.

De agosto de 2019 a setembro de 2020, ele entrou no programa de bolsa Foco Acadêmico, no projeto “Espaços Comunitários e Desenvolvimento Socioeconômico: saberes, fazeres e turismo em prol do bem-viver no Baixo Parnaíba Maranhense”. Já de junho de 2021 a maio de 2022, participou do projeto de extensão “Lazer, Espaços de Sociabilidade e Inclusão Social, por meio do Turismo”. Atualmente, está no projeto de extensão “Comunicação em Turismo: videografias do interior do Maranhão”, com fechamento de ciclo em julho de 2023, antes da sua formação acadêmica, prevista para o mês de setembro do mesmo ano.

Segundo José, participar desses projetos contribuíram para uma visão crítica e deram mais autonomia em relação ao seu amadurecimento e responsabilidade na Universidade. “Essas bolsas me ajudaram a ter um aprimoramento profissional, sobretudo, melhorou meu percurso acadêmico dentro e fora da sala de aula”, disse. Ele também falou das experiências que esses projetos proporcionaram. “Fiz viagens a outras cidades e estados, inclusive, participei de eventos internacionais e oficinas de Turismo em outras instituições. Ademais, pude ministrar minicursos, palestras, além de organizar eventos”, acrescentou.

Uma das maiores conquistas para o aluno, é contribuir para a comunidade acadêmico-científica, seja por meio de pesquisa ou da extensão, além de ganhar permanência na UFMA. “Percebi quanto esses projetos de que participei durante a minha graduação impulsionaram no meu processo de aprendizagem. As minhas professoras sempre me ajudaram com a escrita, comunicação, bem como na minha segurança e criatividade”, ressaltou.

Diante dessa gama de experiências, como bolsista da UFMA, ele teve a oportunidade de apresentar um trabalho no X Fórum de Extensão, sob a temática “As mídias digitais como ferramentas de promoção e inclusão social no interior do Maranhão”, organizado pelo projeto de extensão “Comunicação em Turismo” — que foi discutido, entre outras questões — a valorização das regiões do interior do estado e suas contribuições para o setor de turismo. Além disso, apresentou o trabalho “Lazer, Cultura Lúdica e Turismo: diálogos entre os estudantes do curso de Turismo da UFMA, câmpus de São Bernardo, com a comunidade local”, na edição de 2021 do XII Semear Turismo e Hospitalidade para o Novo Mundo, em que foram discutidos meios para desenvolver atividades de recreação à comunidade.

José de Ribamar também promoveu um minicurso sobre arte gráfica em programas de softwares — do básico ao avançado, e podcasts com professores do câmpus de São Bernardo. “Ter ingressado no ensino superior da UFMA e conseguido tudo isso ao longo da minha graduação é surreal, pois fazer o nome na Universidade, com inúmeras responsabilidades, é complicado na maior parte das vezes. Por outro lado, sei que, com foco e determinação, várias coisas boas acontecem logo em seguida”, concluiu o bolsista com orgulho.

Por: Lucas Araújo

Produção: Bruna Castro

Revisão: Jáder Cavalcante

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