Biotério Central é aprovado em Chamada Pública da Financiadora de Estudos e Projetos

“A gente vai elevar nossa pesquisa com animais, no mínimo, em 10 anos”: é com esse sentimento que o diretor do Biotério Central, professor Rafael Cardoso, expressou sua perspectiva de futuro em relação ao próprio espaço que dirige. Ele e a diretora do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), professora Rosane Guerra, estiveram presentes em uma reunião com o reitor Natalino Salgado na manhã da quinta-feira, 1°, e o encontro foi motivado após a aprovação de recursos financeiros – por meio da Chamada Pública da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) – para o Biotério Central.

A Finep é uma empresa pública que faz parte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), e a participação da UFMA no certame ocorreu quando Rafael Cardoso e Rosane Guerra se uniram às professoras Flávia Nascimento e Mayara Cristina Silva, do Departamento de Patologia; e Mayara Ingrid Lima, do Departamento de Biologia, para inscrever o Biotério Central na Chamada Pública referente a Ambientes Controlados e Salas Limpas. A Universidade foi selecionada e receberá cerca de R$ 3,3 milhões, que serão investidos na construção de salas e na compra de equipamentos.

De acordo com o diretor do Biotério Central, os pesquisadores que o local atende foram consultados para incluir no projeto de infraestrutura os equipamentos essenciais na realização de suas produções acadêmicas. Hoje, o Biotério Central tem três pavilhões, dispondo de quatro salas de animais e dois laboratórios. Com a aprovação, a intenção é que o número de salas e laboratórios seja dobrado.

Outra melhoria prevista é readequação em que todos os setores experimentais dos biotérios setoriais sejam realocados para um novo pavilhão dentro do Biotério Central. Essa centralização trará controle maior dos animais, melhorará a logística de funcionamento e otimizará os espaços, podendo alocar mais experimentos. Esses aprimoramentos possibilitarão o atendimento com mais qualidade aos atuais pesquisadores e também assumindo novas demandas. Atualmente, o Biotério Central atende a seis projetos, e, com os aperfeiçoamentos, esse número pode chegar a dezesseis.

“Vai ser um marco muito grande na questão de experimentação animal na Universidade. Assim que as obras começarem e os equipamentos serem adquiridos, a gente passa a ser referência no cenário de estrutura de experimentação no Norte-Nordeste e quiçá, uma referência nacional. Temos pesquisadores com muita qualidade, pesquisas publicadas em periódicos nacionais e internacionais e, com isso, vamos melhorar exponencialmente tanto a pesquisa quanto a produção e a formação de recursos humanos. Se for possível atender a mais demandas, traremos mais alunos envolvidos, novas pesquisas e novos parceiros. É possível continuar com uma grande quantidade produtiva, e vai ter lugar suficiente para colocar os animais”, afirmou o diretor Rafael Cardoso.

Para Rosane Guerra, a aprovação do recurso é um ganho para a Universidade como um todo. “Sem um biotério adequado, é difícil fazer pesquisa, sobretudo, as pesquisas pré-clínicas, que são essas que levam ao descobrimento de novas drogas. Com esse recurso, agora o Biotério Central tem condições de se adequar às normas internacionais e melhorar ainda mais o atendimento ao público e às pesquisas desenvolvidas na UFMA e em todo o Estado do Maranhão”, declarou.

Saiba mais

O Biotério Central está sempre se alinhando com as regulamentações exigidas pelos órgãos fiscalizadores, no intuito de realizar o trabalho com excelência. Desde julho, vem realizando capacitações sobre experimentação animal com os grupos de pesquisa da Universidade. O treinamento mais recente ocorreu com o Grupo de Pesquisa em Farmacologia, Imunologia e Toxicologia de Produtos Naturais (foto abaixo), coordenado pela professora Lucilene Amorim, do Departamento de Patologia.

Por: João Meireles

Fotos: Luciano Santos

Revisão: Jáder Cavalcante