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Alunos e professores da UFMA realizam coleta de lixo marinho na região dos Lençóis Maranhenses

publicado: 04/09/2024 10h24, última modificação: 06/09/2024 13h39
A ação faz parte do projeto de pesquisa Observatório do Lixo Antropogênico Marinho (Olamar), do qual a UFMA faz parte
Alunos e professores da UFMA realizam coleta de lixo marinho na região dos Lençóis Maranhenses

Em parceria com outras instituições, a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) é uma das executoras do projeto de pesquisa Observatório do Lixo Antropogênico Marinho (Olamar). O objetivo do projeto é investigar a poluição e a contaminação marinha causadas por resíduos sólidos, considerando suas diversas características, como origem, quantidade e qualidade. Na UFMA, alunos e professores do curso de Engenharia de Pesca do Centro de Ciências de Pinheiro (CCPi) integram a equipe do Olamar. Recentemente, os discentes e docentes realizaram uma nova coleta de lixo marinho na região dos Lençóis Maranhenses. Essa foi a segunda visita do grupo à região para a realização de estudos e intervenções ambientais.

Os Lençóis Maranhenses, conhecidos por sua beleza natural, são uma área de grande importância ecológica e turística no Brasil. No entanto, como muitas regiões costeiras do país, sofrem com a poluição causada por resíduos sólidos que chegam ao ambiente marinho. A presença desses resíduos, com destaque para o plástico, representa uma ameaça não apenas para a fauna e flora locais, mas também para a saúde humana e para a economia baseada no turismo.

A ação da UFMA, liderada por professores e estudantes comprometidos com a preservação ambiental, é parte de um esforço contínuo para monitorar e mitigar os impactos do lixo marinho na região. O projeto Olamar, ao qual a UFMA está vinculada, busca compreender a origem, a distribuição e os efeitos do lixo antropogênico em ambientes marinhos, em especial, na costa amazônica dos estados do Amapá, Pará e Maranhão, contribuindo assim para o desenvolvimento de políticas públicas e estratégias de gestão ambiental.

O projeto de pesquisa realiza visitas trimestrais na região dos Lençóis, com o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Icmbio), e também na região da Reserva Extrativista de Cururupu, onde contam com a parceria da associação de pescadores local.  O professor do curso de Engenharia de Pesca Marcelo Ândrade explica que “o projeto está em fase inicial, com foco na coleta sistemática de resíduos nos manguezais de Cururupu e nas praias de Atins. Esses materiais são analisados no Laboratório de Biodiversidade e Bioprodutos da Amazônia Maranhense (Ambio) para subsidiar políticas de gestão ambiental na região”, ressalta. 

A parceria entre a UFMA e o projeto Olamar é um exemplo significativo de como a academia pode contribuir para a resolução de problemas ambientais complexos. Sobre a importância dessas iniciativas, a bióloga e bolsista da Olamar, Carine Gomes Moraes, destaca a importância da educação ambiental promovida pelas universidades públicas, que desempenham um papel crucial na conscientização da sociedade, especialmente em comunidades de baixa renda.

A colaboração entre estudantes, pesquisadores e a comunidade local é fundamental para o sucesso dessas iniciativas, que buscam não apenas reduzir os impactos do lixo marinho, mas também conscientizar a população sobre a importância de práticas sustentáveis. Ithallo Ribeiro Ferreira, aluno do curso de Engenharia de Pesca e bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), compartilha sua experiência como participante do projeto: “As atividades realizadas até agora têm sido muito enriquecedoras, gostei, especialmente, da parte prática, na coleta do lixo e na coleta dos dados. Estou ansioso para as próximas coletas do projeto”, expressa. 

A continuidade de ações é crucial para garantir a conservação dessas áreas únicas e a saúde dos ecossistemas marinhos do Maranhão. A UFMA está comprometida com a preservação do meio ambiente e com a formação de profissionais capacitados para enfrentar os desafios ambientais do futuro.

Para saber mais sobre o Observatório do Lixo Antropogênico Marinho (Olamar), acesse aqui.

Por: Geovanna Selma

Revisão: Jáder Cavalcante

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