Alunos do Curso de Comunicação Social – Rádio e TV da UFMA lançam podcast que aborda saúde mental com humor

Discentes do 3º período do Curso de Comunicação Social – Rádio e TV da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) promovem lançamento de podcast intitulado “Consultório com Humor”, produzido por eles na disciplina “Produção de notícias para Áudio e Vídeo”, ministrada pela professora Josie do Amaral Bastos.

O projeto, que busca abordar saúde mental de maneira leve e humorada, tem a participação de Carlos Wellington Martins, professor do programa de pós-graduação em Psicologia que realiza pesquisas sobre saúde mental, trabalho e gênero.

Josie Bastos, professora responsável pela disciplina, fala sobre o processo de surgimento do podcast como formador de comunicadores conscientes sobre a saúde e a ciência, como também um meio que aborda, de maneira mais leve, assuntos que, muitas vezes, se tornam difíceis de serem discutidos: “Em relação a esse trabalho, a disciplina é a produção de notícias. Então, nós fizemos um desenvolvimento ao longo da disciplina para capacitar esses alunos para trabalhar com a categoria informação. Mas uma categoria de informação que a gente pudesse mesclar também com a pesquisa e, principalmente, relacionada à saúde mental. Então, eles tiveram essa preparação de produção de roteiro, de gravação, para que eles tivessem condições de pensar um podcast. E, na minha avaliação, é extremamente importante. É um assunto contemporâneo, é um assunto das universidades públicas, dos alunos e dos professores. E nossa ideia é trazer esses pesquisadores, esses professores, pessoas que têm capacidade técnica e capacidade teórica para que eles possam contribuir com questões muito interessantes. Esse podcast, inclusive, nesse primeiro episódio, vai abordar relacionamentos amorosos muito também atravessados pelas tecnologias, que é algo que está acontecendo com os alunos. Então partiu dos próprios alunos, foi extremamente gratificante a ideia de institucionalizar isso na disciplina para que os próximos alunos, os próximos integrantes possam também contribuir com a sua produção nesse produto audiovisual”.

O podcast é apresentado pelas alunas Dayse Martins, que também é professora, pesquisadora e psicóloga clínica, e Lorena Maria, estudante de Comunicação. Além de abordar com humor assuntos relacionados à saúde, o projeto também dissemina informações a respeito da ciência e do Sistema Único de Saúde (SUS), enaltecendo as políticas públicas brasileiras.

Fugindo do convencional, o podcast é construído em formato de entrevista intercalado com histórias sobre relações sociais comuns e que despertam dúvidas nos ouvintes, abordando, especificamente, encontros amorosos.

Dayse Martins pontua sobre o objetivo do projeto e como ele se encaixa no cotidiano popular pensando na perspectiva de saúde e ciência de maneira bem-humorada, atingindo em sua grande maioria um público conectado e jovem: “O projeto foi pensado na perspectiva de abordar saúde mental e relacionamentos de uma forma mais com base em casos que constantemente aparecem no consultório de psicoterapia. A dinâmica ocorreu por meio de relatos de encontros e situações que demandam estratégias de cuidado com o outro e consigo mesmo e que às vezes são trazidos para o consultório como momentos de sofrimento psíquico. O podcast foi pensado para se falar sobre a importância de termos relações saudáveis como um aspecto que permeia a nossa saúde mental e o modelo de podcast selecionado para atingir a um público amplo a fim de possibilitar reflexões sobre a importância da psicoterapia e do processo de autoconhecimento”.

Ela ainda complementa: “Como aluna, o projeto representou a vivência na elaboração de um produto técnico da área de comunicação. Perceber que conduzir a dinâmica perpassa desde construí-la na concepção passando pela roteirização e pelo diálogo com o entrevistado” expressa.

Para Dayse, o maior desafio na construção do produto se deu ao fato de intercalar uma abordagem sobre saúde mental com seriedade dentro da importância que ela tem para o bem-estar e o cuidados com a vida e utilizar o humor sem desvalorizar a questão, sem inferiorizar os dramas vividos pelas pessoas: “Foi um desafio ético que enfrentei com duas vivências: o de comunicadora que precisa alcançar o seu público com empatia, com diversão, mas de forma cuidadosa, e o de psicóloga ao tratar a temática de forma comprometida, mas leve”, finaliza. 

Por: Karina Soares

Revisão: Jáder Cavalcante