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Alunos do Colun participam do Curso de Formação Agente de Inclusão Cidadania Digital

publicado: 04/04/2025 17h19, última modificação: 04/04/2025 17h32
Alunos do Colun participam do Curso de Formação Agente de Inclusão Cidadania Digital

Na manhã desta sexta-feira, 04, alunos do curso técnico em Administração do Colégio Universitário (Colun) da Universidade Federal do Maranhão deram início ao Curso de “Formação de Agentes de Inclusão de Cidadania por meio Digital”, promovido pelo 5º Juizado Especial de São Luís e pela Seção da Justiça Federal no Maranhão, em parceria com o Colun.

A iniciativa tem por objetivos repassar conhecimentos sobre direitos, com uso de comunicação em Linguagem Simples; habilitar facilitadores do acesso às ferramentas de serviços digitais do Poder Judiciário e possibilitar o acesso aos meios tecnológicos de defesa de direitos.

“A grande questão aqui chama-se acesso à justiça. O acesso à justiça já houve um tempo em que era associado a chegar ao prédio da justiça. Hoje a justiça é um serviço disponível, inclusive por acesso à internet. Então, quando nós precisamos garantir acesso, nós temos que ampliar nossas portas de entrada. A porta da entrada da internet é uma porta que permite a ampliação da chegada da pessoa”, pontuou Alexandre Abreu, juiz titular do 5º Juizado Cível, idealizador e coordenador do curso.

Para a professora Ana Caroline Pires Miranda, que ministra a disciplina de Direito Aplicado para o curso técnico de Administração do Colun, o curso é uma excelente iniciativa que combina teoria e prática no curso técnico, utilizando linguagem simples para aproximar o judiciário das demandas reais das pessoas.

“É uma iniciativa muito boa porque ela vem ao encontro do que a gente sempre preconiza no curso técnico, aliar a teoria e prática. E a forma como tem sido trabalhado aqui no TJ com a linguagem simples aproximando o judiciário das demandas reais das pessoas, faz com que os alunos se vejam nas situações, nos conflitos e na possibilidade de mediação também. Então, para eles, tem sido muito enriquecedor. Para a escola, tem sido um projeto muito bem-visto”, enfatizou a docente.

Durante a programação do curso, que terá continuação no dia 11 de abril, serão abordados temas como Direitos de vizinhança, do consumidor (bancos, consórcios, descontos em benefício não autorizados etc), cobranças e negociações de dívidas, benefícios sociais e previdenciários, indenizações em seguro DPVAT e outros.

Juliane Fernandes, aluna do primeiro ano do curso técnico em administração do Colun, expressou expectativas em relação ao universo digital, reconhecendo-o como uma realidade inevitável e enfatizou que o conhecimento jurídico não deve ser apenas para benefício próprio, mas também para ajudar outras pessoas a compreenderem seus direitos.

“Eu cheguei cheia de expectativas, porque, querendo ou não, é um universo que a gente precisa e não tem como correr dele, que é o meio digital. E o juiz de direito, o Alexandre, está explicando para a gente como que a gente pode se defender, como que a gente pode adentrar nesse meio digital e também mediar algumas pessoas para que elas possam estar. Acho que a justiça em si, o direito em si, ele não é só para a gente saber, não é só o conhecimento mas para que a gente também consiga mediar outras pessoas para que elas também possam ter esse conhecimento”, manifestou a discente.

Capacitados, os estudantes se tornarão mediadores digitais capacitados para auxiliar em diversos serviços, como acesso a mecanismos de proteção para mulheres vítimas de violência doméstica, questões de aposentadoria, cobranças indevidas, e resolução de conflitos familiares, contribuindo para incentivar o exercício da cidadania, promovendo a inclusão social e ampliando as oportunidades de acesso à Justiça na comunidade.  

“É exatamente com essa perspectiva que nós estabelecemos esse projeto em que nós multiplicamos o número de acessos por meio dessas pessoas que são identificadas como mediadores digitais. Aqueles que, por conhecer o percurso do acesso, ajudam aqueles que precisam encontrar o caminho de proteção ao direito. Tem um detalhe que me agrada profundamente, que é o fato de que essa experimentação é uma experimentação que permite uma abertura de perspectiva profissional. O mediador digital é hoje um profissional extremamente recomendado. Então, esses alunos que se submetem a essa oportunidade de formação também ampliam o seu leque de opções profissionais”, salientou o juiz Alexandre Abreu.

Para Juliene, o curso trará um impacto tanto na vida pessoal quanto profissional, permitindo que ela compartilhe informações com outras pessoas e aprimore seus conhecimentos, especialmente, em seu curso de administração. “Porque eu vou conseguir levar mais informação para algumas pessoas e também vou conseguir me aprimorar nos meus conhecimentos tanto no curso que hoje que eu faço, que é o curso de administração, então, a gente consegue adentrar isso todo para o ambiente escolar quanto para o meu ambiente pessoal”, concluiu a estudante.

Por: Ingrid Trindade

Fotos: Ingrid Trindade e Giovanna Carvalho

Revisão: Jáder Cavalcante

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