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Alunas de Relações Públicas desenvolvem projeto para inserir pessoas trans no mercado de trabalho

publicado: 23/02/2022 15h06, última modificação: 23/02/2022 15h06

Um trabalho que poderia ser feito para apenas garantir aprovação em uma disciplina de um curso de graduação agora é um projeto que busca incluir pessoas transsexuais no mercado de trabalho. A ideia é resultado de uma dupla de estudantes do curso de Comunicação Social – Relações Públicas, Bruna Rodrigues e Emanuelle Moraes, que já começou a buscar empresas parceiras para a ampliação do projeto.

Para apresentar o projeto, as alunas entram em contato com as companhias e conversam com os gerentes-executivos sobre as vantagens de contratarem esse público como colaboradores ou prestadores de serviço e, na oportunidade, toda a equipe da empresa recebe um treinamento, sobre as políticas de treinamento e ingresso desse público na instituição. Para o objetivo, um material gráfico, desenvolvido pela dupla de estudantes, fica à disposição de todos os funcionários. A comunidade Trans também pode se sentir à vontade para entrar em contato com o projeto pelo Instagram para se candidatarem às vagas.

O projeto “Trans na Vaga” surgiu durante as atividades da disciplina de “Seminários Transdisciplinares” como uma atividade avaliativa. O componente curricular, que é ministrado no 2º semestre da graduação de RP, traz questões de situações de relevância social, como o trabalho análogo à escravidão, educação básica, discriminação de gênero e outros fenômenos sociais similares. Temáticas essas com o intuito de estimular a reflexão cívica dos futuros Comunicólogos.

A discente Bruna Rodrigues comentou que o projeto veio como necessidade de falar sobre uma temática de relevância social. “A partir daí pensamos na causa LGBT+”, completou. Outro objetivo da ideia é empoderar o público-alvo, que muitas vezes se sente inseguro em participar da iniciativa, e destacar o acesso aos direitos sociais básicos e constitucionais. Bruna também lembrou que sua amiga, colega de turma e parceira no “Trans na Vaga”, Emanuelle Moraes, falou sobre o projeto em uma reportagem da TV UFMA.

Como a população LGBTQIA+ é ampla e muito diversa, houve a necessidade de especificar o recorte de atuação do projeto, em que para dar mais profundidade, foi escolhida a comunidade trans, em que outro fator, segundo Bruna, é o Brasil ser o país que lidera os casos de violência com as pessoas transsexuais. “O projeto se torna de suma importância uma vez que dá a pessoas trans o mínimo de sentimento de pertencimento a algo, uma vez que esse público teve e ainda tem muitos direitos básicos restritos”, afirmou.

A dupla está apresentando o “Trans na Vaga” a empresas locais, com relutância por algumas companhias em primeiro momento, porém o trabalho e a análise continuam, inclusive por mapear empresas que melhor aceitam o ideal.

Por: Carlos Alcântara

Produção: Laís Costa

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