Notícias

Aluna do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente publica artigo sobre nematoides parasitas de peixes da Amazônia brasileira

publicado: 21/06/2022 13h05, última modificação: 21/06/2022 18h47

Recentemente, a aluna de mestrado Maria Helena dos Santos Reis, do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente (PPGSA), publicou o artigo “Estudos sobre nematoides parasitas de peixes da Amazônia brasileira”, publicado no Journal of Helmintholy, sob orientação do professor do PPGSA do Câmpus de São Luís Jorge Luiz Silva Nunes, coorientação do docente da UFMA Riccardo Mugnai e participação da professora colaboradora da Fiocruz do Rio de Janeiro Cláudia Portes.

O artigo aborda o estudo com nematoides parasitas de peixes da Amazônia brasileira, em que apresenta uma lista de nematoides parasitas da região, contendo avaliações científicas efetuadas entre 2010 e 2021. O estudo destaca o avanço e a falta de conhecimento sobre peixes nematoides parasitas na região na do Bioma Amazônico, como também a necessidade de estudos nesta área e a importância de implementar e fortalecer as avaliações taxonômicas e ecológicas.

Embora a região amazônica seja considera megadiversa, com cerca de três mil espécies de peixes, o conhecimento sobre nematoides parasitas de peixes na região é primário. Os estudos sobre o tema nesse bioma são crucias, considerando a interação parasita-hospedeiro e o fato de que as populações de baixa renda e ribeirinhas dependem da pesca artesanal para alimentação. Os serviços de vigilância sanitária nos mercados ainda são precários, causando a potencialização de ingestão de espécies de nematoides zoonóticas via peixes crus ou malcozidos.

Segundo o orientador da pesquisa, Nunes, o tema do trabalho surgiu como “Plano B”, devido à entrada de Maria Helena no Mestrado ter coincidido com o início da pandemia, ocasionando a alteração do trabalho. “O plano inicial dela era trabalhar com os parasitas de peixes de cultivo, mas nós optamos por uma revisão de literatura, na qual o nosso foco foi basicamente os peixes amazônicos”, afirmou. Ainda de acordo com ele, a escolha do tema foi feita pela grande diversidade de peixes que há na Amazônia.

Para o desenvolvimento do artigo, os pesquisadores buscaram trabalhos da literatura que haviam sido publicados e correlacionaram com os tipos de parasitas das espécies de peixes. A pesquisa apresentou resultado com várias espécies de parasitas, que foi importante para o conhecimento da diversidade, do número de espécies e das formas de relações ecológicas do organismo.  

Como resultado, a pesquisa concluiu que os parasitas passam por um processo coevolutivo. “Na verdade, quando a gente confere o produto final, que é um parasita, aquilo ali nada mais é que um processo coevolutivo. Para o parasita ser bem-sucedido, ele tem que acompanhar, logicamente, seu hospedeiro. Nós consideramos isso coevolução”, afirmou Nunes sobre os resultados.

Por: Rafaela Pinheiro 

Produção: Bruna Castro 

Revisão: Jáder Cavalcante

registrado em: