Notícias
Aluna do PPGCom defende tese de Mestrado sobre infotenimento nos telejornais do Maranhão
Frida Medeiros, aluna do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCom) do Câmpus Imperatriz, defendeu, no dia 29 de setembro, a sua dissertação voltada ao infotenimento nos telejornais maranhenses. Seguindo a linha de pesquisa em “Rotinas, Práticas Profissionais e Processos Sociopolíticos”, Frida conta que, na sua pesquisa, analisou as mudanças no modo de produção, veiculação e consumo de notícias, especificamente no telejornalismo, além das estratégias de aproximação e fidelização do público, tendo como foco o infotenimento.
O termo infotenimento descreve um modelo híbrido de jornalismo que mescla a informação e o entretenimento nos conteúdos, trabalhando com maiores estímulos sensoriais na linguagem dos apresentadores e repórteres, na condução das reportagens e no uso de recursos visuais ou sonoros para complementarem a informação, além de outras aplicações, em conteúdo para a televisão, celular e outros meios. O Infotenimento também consegue atender aos interesses empresariais das organizações televisivas e vender com mais facilidade seus produtos.
Além da análise do conteúdo, para guiar sua pesquisa, Frida fez também entrevistas com profissionais de comunicação que trabalham nesses telejornais para ver suas compreensões acerca do termo, como empregam durante a produção e como enxergam essas reformulações recorrentes que vêm ocorrendo na linguagem e no conteúdo dos telejornais, além da inserção do entretenimento.
Frida revelou que telejornais sempre foram seus objetos de pesquisa. Durante seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) na graduação, decidiu por analisar os quadros fixos dos telejornais da TV Mirante, que ocupam espaço significativo e são propícios para o infotenimento. Ela conta que buscou compreender quais temáticas são discutidas, as fontes usadas, por que o telejornal destina um espaço tão grande para elas.
No Mestrado, Frida ampliou esse leque e buscou entender como o infotenimento aparece não só nos quadros, mas também nos outros espaços da programação de outros quatro telejornais maranhenses, para entender as diferenças de percepções sobre o modelo e diferenças de abordagem. Assim, propôs o projeto para a professora Marcelli Alves, sua orientadora, que aceitou.
“A televisão e o telejornalismo estão presentes na vida dos brasileiros todos os dias. Eles informam, pautam as conversas, auxiliam na formação de opiniões, divertem e provocam mais uma série de sensações em quem assiste. Enfim, configuram-se como uma forma de socialização. Mas as pessoas têm se desligado cada vez mais dessas formas tradicionais de informação e procurado alternativas mais leves, como as mídias sociais, por isso os telejornais têm tentado acompanhar as transformações constantes por que a sociedade tem passado, tornando-se interativos, leves e dinâmicos. Criando estratégias de aproximação e fidelização com a audiência”, declarou.
Frida conta que pretende seguir carreira acadêmica e ser docente em Comunicação, continuando suas pesquisas na área do telejornalismo, porém não descarta estudar outros assuntos. “A pesquisa em comunicação é ampla e existem muitos processos para compreendermos. A sociedade muda, o jornalismo vai sendo mudado junto com ela e nos tentando a entender o que está acontecendo e por quais caminhos as coisas vão sendo trilhadas”, afirmou.
Por: Juan Terra
Produção: Bruna Castro
Revisão: Jáder Cavalcante