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Aluna da UFMA apresenta poema autoral na 13ª Bienal da UNE
A 13ª Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE) recebeu, no dia 3 de fevereiro, estudantes de todo o Brasil na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro, para a realização de um sarau, como parte da respectiva Mostra Literária. Isabel Souza, bacharela em Ciência e Tecnologia pela Universidade Federal do Maranhão, representou a UFMA com um poema de sua autoria.
Durante o processo para a seleção, foram escolhidos trinta textos enviados de todo o Brasil, feitos com base em diversos eixos temáticos, entre eles “ancestralidade” e “afeto”, escolhidos por Isabel. No seu poema “Que horas são no seu relógio?", ela retoma à ancestralidade para relembrar origens e traz o afeto como um item essencial e uma ferramenta para uma reconstrução. Além disso, o poema também pauta a revolução e a “mudança”, essa que, em suas palavras, tem ocorrido de maneira lenta e se deve ter respeito a isso.
Isabel revela que já escreve desde muito jovem, porém começou a se dedicar aos poemas só durante o ensino médio, por meio do grupo Poética de Titãs, do Instituto Federal do Maranhão (Ifma), no Câmpus Maracanã, do qual é egressa. “Lá sempre fazíamos apresentações artísticas e saraus. Foi nesse grupo que eu pude de fato me desenvolver e mergulhar nesse mar que é a poesia”, contou.
Ela também diz que um dos temas trazidos pela sua vivência como tecnóloga é a rotina, mas tenta tomar como inspiração tudo que vivencia, e expõe que não consegue se privar de sentir, e precisando experienciar para escrever. Relata também que tem suas principais influências literárias na poetisa argentina Alejandra Pizarnik (1936-1972), no brasileiro Augusto dos Anjos (1884-1914) e na inglesa Elizabeth Barrett (1806-1861).
Isabel descreve que a Bienal foi incrível e carregada de cultura, ciência e arte. “É um evento que conecta muita gente de muitos lugares por ser um o maior festival estudantil da América Latina. Eu também participei da Maratona Científica, fiquei todos os dias, das 10h às 19h, mas, mesmo assim, pude conhecer muitas pessoas e fazer muitos amigos”, ressaltou.
A Maratona foi um desafio proposto pela Casa Fluminense, instituição responsável por construir coletivamente políticas e ações públicas para a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, no qual cinco grupos, constituídos por estudantes de pós-graduação, graduação e secundaristas, puderam desenvolver diversos projetos, como a solução de problemas locais utilizando tecnologia.
Após discussões, a equipe de Isabel projetou o aplicativo “Bumba meu morro” para auxiliar os moradores do morro do Bumba, no Rio de Janeiro, que, recentemente, sofreu um deslizamento, deixando diversas pessoas desabrigadas. Tomando os próprios moradores como seus principais agentes de disseminação, o aplicativo possibilita relatar problemáticas e fazer denúncias, sendo vinculado a um projeto de extensão do curso de Direito da Universidade Federal Fluminense.
Confira as fotos:
Por: Juan Terra
Produção: Alan Veras
Revisão: Jáder Cavalcante