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Acadêmica de Design cria baralho inclusivo em Libras em disciplina do curso
A estudante do sexto período do curso de Design da UFMA do Câmpus São Luís Carolina Dias Ribeiro, de 22 anos, criou um baralho inclusivo utilizando a Língua Brasileira de Sinais (Libras). O jogo se chama Baralibras e foi criado por meio de um trabalho para a disciplina do terceiro período do curso, em que se inspirou após conhecer sua amiga Mayellem, que é surda.
“O que poderia ser muito mais útil do que levar conhecimento em Libras para as pessoas e ainda ser conhecimento referente ao próprio curso? Com base nisso, eu perguntei a ela se poderia me ensinar alguns sinais em Libras referentes ao design para fazer o meu baralho, e ela gostou muito da ideia, me motivou para que eu pudesse continuar em frente”, explanou a discente.
Apesar de ter toda ideia sobre o que iria fazer, Carolina sentiu dificuldades por não ter familiaridade com os programas gráficos, até que seu amigo que já tinha conhecimento resolveu ajudar nessa missão. “Nunca tinha ilustrado nada antes e fiquei me perguntando se eu iria conseguir ilustrar corretamente os sinais em Libras. Eu tinha os programas no meu computador, mas não tinha uma mesa digitalizadora para fazer as ilustrações, o tempo estava passando e eu tinha que entregar o baralho, porque valia nota, e eu não queria fazer outra coisa, até que consegui que um amigo meu me emprestasse uma mesa digital”, disse.
Ela ainda complementa que também teve o auxílio da sua amiga Mayellem na montagem dos sinais em Libras no baralho. “Ela que me ensinou, explicou como fazia os sinais, o porquê daquele sinal ser feito daquela forma, o movimento, tudo. Eu fazia a ilustração e mostrava para ela, para ela ver se estava compreensível, correto e tentava melhorar. Mas eu fiz tudo sozinha, desde a embalagem até o recorte das cartas”, explica.
Para a estudante, a importância de ter criado o jogo foi muito além de uma atividade que valia nota, pois se tornou um trabalho prazeroso e que poderia levar conhecimento para as outras pessoas. “Eu fiz esse baralho, porque foi uma forma de trazer mais inclusão para os surdos, para a minha amiga. Eu queria que as pessoas sentissem curiosidade em aprender Libras, que fosse algo interessante. Por isso, juntei a Libras e o Design, porque seria um conhecimento referente ao curso e de uma forma diferente. E foi a convivência com ela, vendo as dificuldades que ela tinha para se sentir incluída, que me fez querer fazer um baralho sobre Libras”, completa.
Como a intenção da Carolina era que o jogo tivesse acessibilidade, ela decidiu deixar o Baralibras ainda mais dinâmico e decidiu criar o código de QR Code em cada carta para que fosse direcionado ao Instagram para mostrar vídeos de animações que ensinam como fazer o sinal em Libras corretamente.
Por: Hugo Oliveira
Produção: Laís Gomes
Revisão: Jáder Cavalcante