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“Terra de Pretos”, revista que promove pesquisas sobre história, educação, ensino, ciências e matemática

publicado: 01/08/2022 09h00, última modificação: 01/08/2022 19h49
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Para dar mais visibilidade às produções das revistas científicas dos câmpus do continente, a Diretoria de Comunicação inicia, nesta segunda-feira, 1º de agosto, a série “Revistas do Continente”. A ideia é divulgar, a cada segunda-feira, a revista científica que tem sido organizada pelos cursos dos câmpus existentes no Maranhão.

A série começa com a revista “Terra de Pretos”, do Centro de Ciências de Codó (CCCo), que é um reconhecimento e uma homenagem da UFMA à cidade que acolheu esta instituição e acolhe, todos os dias, com sua simpatia, sabedoria e generosidade, todos aqueles que ali aportam, por meio da Universidade. “A Terra de Pretos sente-se honrada em ter esse nome e busca fazer jus à sabedoria ancestral dos que viveram aqui e daqueles que ainda vivem e que ensinam cotidianamente a viver a pluralidade, a diversidade e o respeito ao outro”, expressou o professor José Carlos Aragão, editor-chefe da revista e coordenador do curso de Licenciaturas em Ciências Humanas do CCCo.

Com o objetivo de promover e divulgar pesquisas nacionais e internacionais sobre história, educação, ensino, ciências e matemática, foi criada, em 2020, a revista “Terra de Pretos”, em formato eletrônico. Ela é um periódico científico multidisciplinar que agrega o curso de Licenciatura Interdisciplinar em Ciências Humanas - História e Ciências Naturais - Biologia e o de Licenciatura em Pedagogia.

A revista traz em seu nome uma homenagem ao município de Codó, que, histórica e antropologicamente, é conhecido como “Terra de Pretos”.  O periódico é para estudantes e não estudantes, pesquisadores e não pesquisadores profissionais, cuja intenção é tornar democrático o conhecimento acadêmico, possibilitando acesso ilimitado ao que é produzido por diversos pesquisadores brasileiros e estrangeiros com o acesso livre e gratuito à leitura e ao download.

“Terra de Pretos” foi criado por José Carlos Aragão, coordenador do curso de Licenciaturas em Ciências Humanas do Câmpus Codó. Em seguida, surgiu o convite para o professor Alex de Sousa Lima. Em 2022, o professor Joelson de Sousa Morais entrou para somar com a equipe, que também é composta por editores de seção de história e humanidades, educação e ensino, ciências e matemática. E um Conselho Editorial Nacional e Internacional composto por pesquisadores de várias partes do Brasil e do mundo.

“A revista foi iniciada em 2020. À época, no mês de fevereiro, comecei a dar os primeiros passos para a criação da revista. Em março, elaborei a proposta do periódico e encaminhei para o Conselho do Centro de Ciências de Codó, que aprovou a proposta em abril. Logo após, foi encaminhada ao Conselho Gestor de Periódicos da UFMA para avaliação e apreciação. Depois da análise, a revista foi aprovada no dia 10 de junho de 2020. A partir de então, passamos a integrar periódicos da instituição e lançamos o primeiro número ainda em setembro do mesmo ano”, lembrou o editor-chefe da revista.

Já foram publicados dois números relativos a 2020. “Estamos em atraso com as publicações do ano de 2021. Isso se deve ao fato de que as revistas novas que ainda não foram avaliadas têm muitas dificuldades para receber artigos, tendo em vista que os autores buscam enviar seus manuscritos prioritariamente para aqueles periódicos que já têm Qualis”, observou.

Ele contou que já estão sendo avaliados e preparados os textos para o lançamento das edições que se encontram em atraso, pois a sobrevivência da revista depende da resistência e persistência nesses primeiros anos do periódico que está disponível para receber trabalhos inéditos na forma de artigos, resenhas, relatos de experiências, notas de pesquisas ou entrevistas. “Os trabalhos enviados podem ter até cinco autores, entre eles graduados, mestrandos, mestres e doutorandos, sendo obrigatório que um deles tenha titulação de doutor.  As línguas aceitas para publicação são português, inglês e espanhol”, detalhou Aragão.

A submissão de manuscritos na “Terra de Pretos” segue os mesmos procedimentos das revistas científicas. É necessário que o autor faça antes o seu cadastro na revista. Como parte do processo de submissão, os autores são obrigados a verificar a conformidade da submissão em relação a todos os itens que o periódico exige. As submissões que não estiverem de acordo com as normas serão devolvidas aos autores. Após essas etapas, o texto chega ao processo de avaliação de trabalhos submetidos para publicação na revista, o qual se dá em duas instâncias.

Na primeira, o trabalho é analisado pelo editor-chefe, que faz uma avaliação preliminar da pertinência do conteúdo dos trabalhos em relação ao tema proposto e à política editorial da revista, assim como sua adequação com as linhas e as normas de publicação, podendo, nessa etapa, o trabalho ser aceito ou não.

Já na segunda instância, os trabalhos selecionados na primeira são encaminhados para avaliação anônima por dois parceiros externos, que indicam qual parecer é pertinente ao trabalho analisado: aprovado, aprovado com ressalvas ou reprovado. Na “Terra de Pretos”, somente são publicados os trabalhos aprovados por dois parceiros, mesmo aqueles com ressalvas que realizarem as modificações solicitadas. Havendo divergência entre os dois parceiros, um terceiro é solicitado. Após lograr êxito nesse percurso, o texto é publicado na revista.

A recepção dos artigos é em fluxo contínuo, com duas publicações anuais, uma em junho e outra em dezembro. “Estamos adaptando a revista ao formato que as demais de fluxo contínuo têm adotado, que é de um volume de janeiro a dezembro de cada ano. A revista pode ser acessada por qualquer pessoa, seja estudante ou não”, explicou o docente.

Contribuição da revista para o Centro de Ciências de Codó

“Terra de Pretos” é um portal de acesso ao conhecimento, um instrumento de democratização e de desenvolvimento da Ciência, na região de Codó. Na revista, é possível encontrar artigos como “Os intelectuais, a militância negra, a igreja e os quilombolas na luta por direitos”, que discute, entre outras questões, o papel dos intelectuais, dos militantes negros e da Igreja Católica na luta da população quilombola maranhense pelo acesso a direitos sociais; “Cura, feitiçaria e magia em Codó́-MA: um caso de polícia, ciência e imprensa”, onde os leitores encontrarão a interpretação de um processo-crime sobre o “ofício de curandeiro” na cidade.

Também ganham destaque na revista as práticas educacionais no fim do século XIX e início do XX na cidade de Codó, que estão presentes na análise que é feita no artigo “Extra, extra: as primeiras iniciativas escolares codoenses por meio da imprensa (1895-1908)”.

“Nossa contribuição para o Centro e para a Ciência pode ser observada nas publicações que o leitor encontrará na revista. Ademais, os artigos publicados nos dois números da revista não deixam de lado as questões que predominam nesse território de pretos”, comentou o Editor-chefe.

Acesse a revista “Terra de Pretos”

Por: Hemylly Mendes

Produção: Bruna Castro

Revisão: Jáder Cavalcante

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