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“Nós somos as doutoras do babaçu”: evento reuniu desenvolvimento agrícola sustentável e empreendedorismo no Câmpus de São Luís

publicado: 09/08/2023 12h34, última modificação: 10/08/2023 17h15
“Nós somos as doutoras do babaçu”: evento reuniu desenvolvimento agrícola sustentável e empreendedorismo no Câmpus de

Foi realizado, nessa terça-feira, 8 de agosto, o evento “Desenvolvimento Agrícola Sustentável no Leste Maranhense: promovendo a Sustentabilidade e o Empreendedorismo”. Sediado no Auditório da Reitoria da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), o evento contou com palestras e mesas-redondas que debateram pesquisas de grande relevância na área. A iniciativa é fruto da colaboração entre a Agência de Inovação, Empreendedorismo, Pesquisa, Pós-graduação e Internacionalização (Ageufma), Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) e organizações parceiras, como Cadeias Sustentáveis, Governo do Maranhão, Embrapa e Rede ILPF.

A mesa de abertura contou com a presença de Isabel Agostini, diretora executiva da ILPF; Marco Bomfim, chefe geral da Embrapa no estado; Westphlen Nunes, assessor da GIZ; Natalino Salgado, reitor da UFMA, e Fernando Carvalho, Pró-reitor da Ageufma.

Discutindo bioeconomia e sustentabilidade regional, o foco do encontro pautou-se sobre a cadeia do coco babaçu — produto da sociobiodiversidade — e na cadeia da soja — commodity de grande importância para o agronegócio brasileiro. A Rede ILPF desempenha papel fundamental neste contexto, pois incentiva a adoção dos sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) em benefício da sociedade, como parte de um esforço voltado para o desenvolvimento sustentável e intensificação da agricultura brasileira.

 

Palestra Desenvolvimento Agrícola Sustentável no Leste Maranhense - 08-08-2023

De acordo com Fernando Carvalho, a parceria é de extrema importância tanto para a sociedade, quanto para a academia, pois possibilita que os pesquisadores da Federal do Maranhão explorem e trabalhem tecnologias sustentáveis, com menor impacto ambiental para as atividades do campo.

Também partilha dessa visão o reitor Natalino Salgado Filho, que destacou o impacto dos acordos com empresas e instituições comprometidas com a área. “Essa união gera, sobretudo, apoio, pois faz com que nossos professores, pesquisadores e alunos agreguem conhecimentos para desenvolverem produções sustentáveis. O foco em produtos como o coco babaçu é de extrema importância, e conta com participação ativa do Câmpus de Chapadinha”, pontuou.

Para Marco Bomfim (Embrapa), o evento em torno do babaçu tem por princípio ressignificar seu valor, por meio de produtos derivados, simples e inovadores. Contudo, para nós, o mais importante é a inovação social que se estabelece. São várias instituições apoiando essas comunidades, prezando para que elas tenham mais autonomia, protagonismo e assumam a direção de negócios, trazendo desenvolvimento”, comentou.

Antônia Vieira, membra de comunidade negra quilombola localizada em Pedrinhas, Itapecuru-Mirim, afirmou que o evento foi um grande avanço para todos. “O babaçu faz com que a gente cresça e não desista, não desistamos dos nossos propósitos. Acredito que todo mundo é doutor naquilo que sabe fazer. Nós somos as doutoras do babaçu”, finalizou.

Por: Júlio César

Produção: Sarah Dantas

Revisão: Jáder Cavalcante

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