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“II Seminário Nacional Interdisciplinar de Linguagem e Acessibilidade Comunicativa” e “II Festival Arte Sem Barreiras” são realizados dos dias 23 a 25 de outubro, em São Luís

publicado: 24/10/2023 09h12, última modificação: 24/10/2023 16h26
“II Seminário Nacional Interdisciplinar de Linguagem e Acessibilidade Comunicativa” e “II Festival Arte Sem Barreiras” são realizados nos dias 23 a 25 de outubro, em São Luís

“Arte e práticas educativas acessíveis em diferentes linguagens”. Esse é o tema que marca a edição deste ano do II Seminário Nacional Interdisciplinar de Linguagem e Acessibilidade Comunicativa (Senilac) e II Festival Arte Sem Barreiras (Fasb), realizados dos dias 23 a 25 de outubro. Sediados no Centro Pedagógico Paulo Freire, no Câmpus de São Luís da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), o evento consiste em uma iniciativa da Diretoria de Acessibilidade (Daces) para suscitar diálogos, pesquisas acadêmicas e científicas e atividades direcionadas aos tópicos da educação especial, cultura, linguagem e inclusão. Essa proposta se apresenta no formato de mesas temáticas, simpósios, apresentações, rodas de conversa, mostras artísticas e competitivas de poesia, dança, música, teatro e artes plásticas, além de outras programações destinadas à comunidade acadêmica e sociedade em geral.

A manhã do primeiro dia foi marcada pela cerimônia de abertura, em que estiveram presentes o pró-reitor de ensino, Romildo Sampaio, na ocasião representando o reitor Natalino Salgado Filho; a diretora de acessibilidade, Maria Nilza; a chefe do Departamento de Letras (Deler), Marta Portugal; a coordenadora do Curso de Letras-LIBRAS (CCLL), Heridan Guterres; o professor do Centro de Apoio Pedagógico aos Deficientes Visuais (Capi) do Maranhão, Derocy Reis; e a gestora geral da Unidade de Ensino Básico de LIBRAS e Língua portuguesa escrita, Erlene Régia Pires da Silva.

De acordo com a diretora de acessibilidade e coordenadora do Senilac, Maria Nilza, os encontros bienais possibilitam a construção de diálogos com pessoas de dentro e fora da Universidade, permitindo que elas vejam as propostas direcionadas à acessibilidade pensadas dentro do estado. “As Pessoas Com Deficiência (PCD) estão ganhando protagonismo em vários campos da sociedade. A realização deste evento é a prova disso, já que a Daces, junto aos departamentos e outros apoiadores, está lutando para gerar mudanças e, de fato, a poder fazer com que a acessibilidade aconteça dentro das redes de ensino”, afirmou.

Como prova desse protagonismo, a professora Erlene Régia levou os alunos de uma escola da rede municipal ao evento, para que pudessem conhecer mais sobre projetos desse gênero e realizar apresentação do coral de Libras. A escola, localizada no bairro da Camboa, em São Luís, existe há três anos e atende ao público da educação infantil até o 9º ano do ensino fundamental, adotando proposta bilingue, em que a Língua de Sinais é utilizada como a primeira língua para os estudos. “Estamos muito felizes com o convite da professora Nilza, nós acreditamos que é um momento ímpar para os nossos alunos. Eles estão no ensino fundamental, e participar dessa vivência, nesse contexto de nível superior, é bastante significativo, porque eles conseguem perceber a questão da continuação da formação, o que, para nós, é bastante gratificante”, pontuou Erlene.

O intérprete de Libras, João Moreno, trabalha há cerca de 5 anos no ramo e já convive há bastante tempo com a comunidade surda. Ele comenta: “Eventos como o Senilac e o Fasb são muito importantes para o calendário acadêmico da Universidade, já que apresentam essa capacidade de conectar duas pautas que são transversais à vivência tanto da pessoa com deficiência, quanto da pessoa sem deficiência, que são a arte e a inclusão, visto que todos nós precisamos desses dois pontos em nossas vidas. Então, essa iniciativa da UFMA se faz muito relevante para a conscientização, principalmente do público em geral, no que diz respeito à forma como as PCDs são vistas e incluídas na sociedade, muitas vezes de forma precipitada, muitas vezes de forma errônea. É uma pauta que precisa de discussão constante gerar melhoria e avanços". 

No mesmo sentido, o pró-reitor Romildo Sampaio também comentou que a oportunidade de novamente reafirmar as políticas de acessibilidade é recompensadora e que debater a pauta da inclusão deve ser prioridade. “Ainda temos muitos desafios com a questão da permanência desse público dentro do ensino superior, é um desafio não só da UFMA, como das demais redes de educação. Contudo temos plena convicção de que, olhando para trás, conseguimos caminhar bastante e oferecer um lugar acessível, um lugar inclusivo, um lugar onde todas as pessoas com deficiência são bem recebidas e possam desenvolver o sonho de seguir uma carreira acadêmica, de seguir uma profissão. Eventos como esse são muito importantes para reafirmarmos essa temática e mostrar aquilo que a Universidade tem feito”, finalizou.

A programação continua nesta terça-feira, 24, e finaliza amanhã, 25. Confira aqui:

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Por: Júlio César

Fotos: Gabriel Jansen

Produção: Bruna Castro

Revisão: Jáder Cavalcante

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