“Comunicação eficaz, direito reconhecido”: Projeto da disciplina de Teorias da Linguagem do Curso de Comunicação Social da UFMA ocorreu nessa sexta-feira, 14.

Foi realizado, na tarde dessa sexta-feira, 14 de julho, o projeto “Comunicação eficaz, direito reconhecido”, sediado na Casa da Justiça Universitária – 5º Juizado Especial Cível, no Câmpus de São Luís da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). A iniciativa foi pensada e explorada com base na parceria entre a docente Gisa Carvalho e o juiz Alexandre Abreu. Nela, os alunos apresentaram formas de simplificar e democratizar a linguagem jurídica, tornando-a acessível ao público geral, no que foi o exame final da disciplina Teorias da Linguagem, do Curso de Comunicação Social, ministrada pela professora. Podcast, vídeo, publicação para rede social, entre outros, foram alguns dos trabalhos mostrados, defendendo teor lúdico e interativo, mas mantendo em vista a seriedade e o impacto social da proposta.

A chefe do Departamento de Comunicação Social (Decs) do CCSo, Gisa Carvalho, explicou que as palestras dos materiais exibidos consistem em um exercício de tradução de leis e cláusulas do direito, já que essas, muitas vezes, implicam dificuldades de entendimento para alguns públicos, transformando essas produções acadêmicas em propostas de acesso.

“Textos jurídicos, de um modo geral, são conhecidos como textos difíceis de serem compreendidos, pois usam muitos termos técnicos, às vezes assimilados somente pelos advogados. Mas e quando esses documentos chegam para as pessoas de fora da área? Pensando nisso, a proposta do trabalho é pegar esse conteúdo técnico e facilitar o acesso a ele. Para isso, usamos imagens, áudios, vídeos, infografias e até mesmo outros e novos modelos que tragam uma linguagem mais cotidiana, mais próxima do que as pessoas usam no dia a dia”, afirmou.

Alexandre Abreu, juiz de direito que responde pelo 5º Juizado Especial, declarou: “A justiça é um instrumento de garantia de cidadania e, para que ela seja efetiva, é necessário que as pessoas reconheçam os seus direitos e possam reivindicá-los. A verdade é que nós sabemos que a linguagem jurídica é uma linguagem de difícil compreensão. Então, tivemos a oportunidade de encontrar com a professora Gisa e iniciar o projeto de produzir documentos do judiciário com uma linguagem mais acessível, produção essa que seria construída pelos estudantes do curso de Comunicação”, pontuou.

Para Dayse Martins, estudante do segundo período da habilitação Rádio e TV, a disciplina contou com muito repertório teórico, que pôde finalmente ser posto em prática na ocasião da avaliação. Tratou-se de uma tentativa de ampliar as possibilidades da comunicação para exercício da cidadania. “Nossa principal preocupação era justamente encontrar uma forma simplificada de comunicar e facilitar o entendimento de aspectos e conceitos importantes”, disse. Enriquecer, democratizar, ampliar e informar foram algumas das palavras encontradas pela aluna para definir os objetivos da iniciativa.

Por: Júlio César

Fotos: Júlio César

Produção: Sarah Dantas

Revisão: Jáder Cavalcante