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“Antônio Almeida: O Encontro”: Exposição da UFMA reúne amigos e familiares em homenagem no Palacete Gentil Braga
Em homenagem ao artista maranhense Antônio Almeida, foi inaugurada, na noite de quinta-feira, 13 de julho, a exposição “Antônio Almeida: O Encontro”, que ficará aberta até o dia 11 de agosto. O evento ocorreu na galeria do Palacete Gentil Braga, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Estiveram presentes membros da Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proec), familiares, amigos e admiradores.
Antônio Almeida, natural do povoado Jacaré, localizado no município de Barra do Corda, chegou a São Luís em 1944, ainda muito jovem, com apenas 22 anos de idade. Foi o primeiro artista plástico maranhense a ingressar na Academia Maranhense de Letras, no ano de 1986. Em mais de cinco décadas de carreira, ele atuou como escultor, gravador, pintor, ilustrador, poeta, muralista, tapeceiro e entalhador.
Inspirado pela produção literária de autores brasileiros e lusitanos, a leitura foi a porta de entrada que moveu sua vontade de apreender mais sobre o mundo. Como plasticista, suas obras transitaram da fase inicial, dialogando com as escolas tradicionais, e escoaram em elaborações mais modernas e modernistas.
Dedicou grande parte de sua vida para o painelismo (desenvolvimento de painéis), retratando temas como manifestações populares, culturas, costumes, legados, tradições e religiosidades maranhenses. Seus murais destacam, embelezam e urbanizam, até hoje, a paisagem da cidade.
Segundo a diretora de assuntos culturais da UFMA, Roselis Barbosa Câmara, a galeria nunca havia recebido uma exposição do artista, o que deixava uma lacuna, já que a galeria leva seu nome desde a década de 1990. Para ela, o interesse da Universidade de organizar a mostra é necessário pois ajuda a revitalizar e valorizar a história do estado.
“Esse artista realmente trouxe e traz diversidade, sensibilidade, e olhar para a identidade do Maranhão. Então, a importância é exatamente fazer com que todo o público, principalmente os mais jovens, conheçam tanto ele, quanto seu trabalho, que prima por defender os valores da cultura maranhense”, disse.
A pró-reitora de extensão e cultura, Zefinha Bentivi, comentou que fomentar eventos com o da noite passada são uma forma de estimular membros tanto da UFMA, quanto da sociedade em geral. “Fazendo isso, nós valorizamos e retificamos o caráter de pertencimento e acolhimento, demonstrando que todos nós somos talentosos e capazes, e que cabe à Universidade incentivar as artes e as culturas”, afirmou.
Holândia Carvalho Almeida, filha caçula de Antônio, compareceu no dia de abertura e destacou que a obra do pai é muito significativa, e está eternizada em diversos locais públicos, o que faz com que tanto ele, quanto suas produções permaneçam sempre presentes e vivas na memória dos amigos, familiares, admiradores e, principalmente, na identidade cultural do Maranhão
Ela ainda deixou uma mensagem de incentivo aos novos artistas: “Não se desvinculem das suas histórias, das suas identidades. Porque Almeida teve oportunidade de sair para estudar artes fora do estado, mas não foi embora, justamente para isso, para não se desvincular da cultura que brota e é cultivada nesse lugar tão lindo”, finalizou.
Confira as fotos:
Por: Júlio César
Fotos: Juan Terra
Produção: Sarah Dantas
Revisão: Jáder Cavalcante