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Docente do departamento de Educação Física do Câmpus São Luís publica livro pautando o diagnóstico de dores crônicas

publicado: 07/06/2023 13h51, última modificação: 07/06/2023 19h10
Docente do departamento de Educação Física do Câmpus São Luís publica livro pautando o diagnóstico de dores crônicas

O docente Almir Filho, do Departamento de Educação Física do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), publicou, junto com outros dois professores, o livro intitulado Métodos e técnicas de avaliação da dor crônica: Abordagem prática. A obra abrange os principais conceitos do tema, além de estratégias de avaliação para um melhor manejo das diversas condições de dor, tendo por objetivo fomentar uma etapa fundamental para garantir o cuidado adequado e a abordagem multidisciplinar, necessária para lidar com pacientes com dor crônica.

Segundo o autor, a avaliação de dores crônicas é de extrema importância para diversos aspectos relacionados ao bem-estar e à qualidade de vida dos indivíduos que sofrem com essa condição. A dor crônica, como explica, é definida como dor persistente que dura além do tempo normal de cura de uma lesão ou doença, geralmente por mais de três meses. “Pode ser resultado de uma variedade de condições, como lesões, doenças crônicas, distúrbios neurológicos ou até mesmo problemas relacionados à saúde mental. Entre os pontos-chave sobre a importância da avaliação da dor crônica, estão o diagnóstico adequado, a promoção de intervenções mais assertivas, o monitoramento do progresso, a melhoria da qualidade de vida e uniformização de termos e linguagem favorecendo a abordagem multidisciplinar”, expõe.

 

 

Almir também explica que dores crônicas podem afetar diferentes grupos populacionais de maneiras distintas. Em idosos, por exemplo, é bastante prevalente, sendo comuns condições como osteoartrite, artrite reumatoide, fibromialgia e neuropatia periférica. Essas dores crônicas têm um impacto significativo na qualidade de vida dos idosos, afetando sua mobilidade, capacidade de realizar atividades diárias e sono. 

“A abordagem do diagnóstico, tratamento e gerenciamento da dor crônica deve ser adaptada às necessidades específicas de cada grupo, levando em consideração fatores como idade, estágio de desenvolvimento, atividades diárias, estado de saúde geral e objetivos individuais. Dessa forma, é possível proporcionar uma melhor qualidade de vida e bem-estar para os indivíduos que sofrem com essa dores”, completou.

O autor também pontuou também que os principais desafios no diagnóstico e tratamento de dores crônicas estão ligados a diversos pontos, como o diagnóstico preciso, devido à complexidade das causas da dor e à sobreposição de sintomas; a avaliação subjetiva da dor, que dificulta a quantificação e comparação entre os pacientes; a abordagem multidimensional necessária, considerando os aspectos físicos, emocionais, sociais e psicológicos da dor; a resposta variável de cada indivíduo aos tratamentos, exigindo tentativa e erro para encontrar a abordagem adequada; e a necessidade de um tratamento integrado, coordenando diferentes disciplinas e abordagens terapêuticas. “Coordenar esses diferentes aspectos do tratamento e garantir uma abordagem integrada pode ser um desafio, especialmente quando diferentes profissionais de saúde estão envolvidos”, analisa.

O pesquisador afirma também que, embora nem todas as dores crônicas possam ser prevenidas, algumas estratégias podem reduzir o risco ou minimizar sua gravidade. Um estilo de vida saudável, incluindo alimentação balanceada, exercícios físicos regulares, evitar tabagismo e consumo excessivo de álcool, ajuda a prevenir certas condições médicas associadas à dor crônica. “Gerenciar o estresse por meio de técnicas de relaxamento, meditação e apoio emocional também é importante. Equilibrar atividade e descanso, respeitando os limites do corpo, evitar sobrecarga física. Conhecer a postura adequada, prevenção de lesões e cuidados musculoesqueléticos também auxilia na prevenção. É essencial buscar avaliação médica adequada caso ocorra dor persistente. Essas estratégias reduzem o risco, mas não garantem a prevenção completa de dores crônicas”, finaliza.

Saiba mais

Almir compartilha a autoria do livro com outros dois professores: a professora doutora Mariana Arias Avila é Fisioterapeuta, mestra e doutora pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Docente do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da UFSCar e professora adjunta do Departamento de Fisioterapia da UFSCar; e o professor doutor Cid Gomes é professor do curso de Fisioterapia e do Programa de Pós-graduação em Ciências da Reabilitação da Universidade Nove de Julho (UNINOVE), onde, em 2012, iniciou suas atividades de ensino, pesquisa e extensão na área de Avaliação e Reabilitação musculoesquelética com ênfase na Dor Crônica.



Por: Juan Terra 

Produção: Alan Veras

Revisão: Jáder Cavalcante

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