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Abertura do XVII Encontro Humanístico da UFMA foi realizada na segunda-feira, 19, na Cidade Universitária

publicado: 21/06/2023 13h05, última modificação: 25/06/2023 11h44
Abertura do XVII Encontro Humanístico da UFMA foi realizada nesta segunda-feira, 19

Na segunda-feira, 19, foi dado início ao XVII Encontro Humanístico da Universidade Federal Maranhão, em cerimônia de abertura realizada no auditório do Centro Pedagógico Paulo Freire. Uma parceria entre o Núcleo de Humanidades e o Centro de Ciências Humanas da UFMA, o encontro busca promover debates entre acadêmicos das Ciências Humanas, Ciências Sociais e Sociais Aplicadas, bem como expor variadas formas de expressões artísticas e literárias em diferentes âmbitos. 

O evento teve início às 17 horas, logo após a apresentação do espetáculo "Ópera Boi", uma adaptação do bumba meu boi maranhense para os palcos, realizada pelo grupo de teatro do Instituto de Arte Cazumbá. Este ano, o evento traz como tema "Ciências, humanidades e Reconstrução Democrática". A mesa da solenidade foi composta por Luciano da Silva Façanha, diretor do Centro de Ciências Humanas da UFMA; Ronaldo Barros José, professor do Departamento Geociências do CCH; e Flavio Luís de Castro Freitas, docente do Departamento de Filosofia da UFMA.

Segundo o professor Luciano Façanha, essa é a primeira edição presencial do Encontro Humanístico após a pandemia da covid-19, com mais de duas mil inscrições. "Temos uma programação vasta durante toda a semana, com minicursos, conferência e mesas-redondas e hoje tivemos uma abertura em grande estilo, com a companhia Cazumbá. Para nós, essa é uma possibilidade de rediscutir, de uma forma interdisciplinar, sobre o restabelecimento das ciências humanas, que estavam sem a possibilidade de vir à tona nestes ultimos anos", afirma.

De acordo com o professor Flávio de Castro, que compõe a comissão Organizadora do evento, o tema escolhido surgiu durante uma conversa entre os membros da comissão científica do Núcleo de Humanidades. "Chegamos a conclusão que, dado o contexto que o país atravessava, o tema precisava vincular a ideia de produção científica às ciências humanas e, sobretudo, à ideia de reconstrução democrática e ao fortalecimento das instituições republicanas no país"

O encontro, como acrescenta o professor, funciona como uma espécie de "vitrine", que agrega pesquisadores e trabalhos que estão sendo realizados, contribuindo para a divulgação das pesquisas. "Trata-se de uma plataforma, que sistematiza o atual estado da questão das ciências humanas no Maranhão", ressaltou. 

Ao longo desta semana, uma série de conferências especiais serão realizadas, com palestrantes convidados nacionais e internacionais. A primeira conferência foi realizada logo após a cerimônia de abertura, com a palestra de José Sobrinho Filho, professor do Departamento de Geografia da Universidade de Brasília (UnB), que abordou o papel da ciência nas disputas democráticas pelas quais o Brasil vem passando. 

"Vamos falar da importância de compor e nos devotar a uma ciência ao lado dos povos brasileiros, sobretudo os povos indígenas brasileiros e as demais populações das florestas, que hoje se encontram atacadas pelo nosso parlamento. Dessa forma, a composição de uma ciência humana, engajada e devotada com o Brasil profundo, um Brasil do nordeste, do norte e das populações marginalizadas é fundamental, e este recebe muito bem esse tipo de debate, porque também se trata de uma universidade que compromete com causas populares", enfatizou.

Saiba mais

Realizado pelo Núcleo de Humanidades em parceria com o Centro de Ciências Humanas (CCH), o Encontro Humanístico da UFMA tem possibilitado ao longo dos anos a abertura de espaços que ampliem o diálogo e possibilitem a divulgação de trabalhos e pesquisas nas diferentes áreas das Ciências Humanas. Em sua primeira edição, no ano de 1999, o Encontro foi concebido como um evento de porte regional. A partir de 2008, toma projeção nacional, com o alcance de cerca de 1.700 participantes, consolidando-se como um dos maiores eventos acadêmicos realizados no Maranhão até então.

No decorrer de suas dezessete edições, o Encontro contou com a participação de renomados pesquisadores de instituições de ensino e pesquisa do Brasil como UERJ, UFF, UFMA, UEMA, UFRRJ, UFPB, UNB, UNICAMP, UFPA, PUC-Minas, UNESP, e FUNAI, bem como de conferencistas internacionais de países como Alemanha, Porto Rico, Portugal e Espanha.

 

Por: Orlando Ezon

Fotos: Raul Monteiro

Produção: Bruna Castro

Revisão: Jáder Cavalcante

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