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Maranhense perde membro em guerra da Ucrânia
O maranhense Rafael Paixão, 29 anos, natural do município de Imperatriz (MA), permanece hospitalizado na Ucrânia após ter sofrido a amputação da perna esquerda em decorrência de ferimentos ocasionados por um artefato explosivo. O jovem que participava como mercenário no conflito Ucrânia x Rússia, integrava o 3º Batalhão de Brigada de Assalto das forças armadas ucranianas foi gravemente ferido ao acionar uma mina do tipo “borboleta” durante uma missão militar.
Após o incidente, o brasileiro percorreu, rastejando, uma distância estimada em nove quilômetros até conseguir auxílio. Submetido a uma cirurgia de emergência, teve parte da perna esquerda amputada e, no momento, encontra-se em processo de recuperação, aguardando condições médicas e logísticas para retornar ao Brasil.
Antes de atuar como mercenário, Rafael cursava a graduação em Direito em uma instituição de ensino superior privada na cidade de Imperatriz. Em agosto de 2024, interrompeu os estudos e mudou-se para a Holanda com sua então companheira. Após o término do relacionamento, optou por se alistar como voluntário no Exército ucraniano.
Sobre as minas-borboleta
As minas conhecidas como “minas-borboleta” são dispositivos explosivos terrestres de pequeno porte, com dimensões que variam entre 7 e 10 centímetros de largura, e cuja estrutura se assemelha a uma hélice ou a uma borboleta. Tais artefatos são considerados particularmente perigosos devido à sua fácil dispersão e à possibilidade de serem acionados por civis, incluindo crianças, dado seu formato atrativo e leveza. Em razão do elevado risco que representam à população civil, as minas-borboleta são proibidas por tratados internacionais, como a Convenção sobre Proibição de Minas Antipessoal (Convenção de Ottawa), da qual diversos países são signatários.