Alta nos preços da cesta básica

 FOTO: Banco de Imagens CANVA

Comer ou pagar a conta de luz? Diante do crescente desemprego e aumento dos preços, as famílias brasileiras se encontram em situação preocupante, principalmente no que diz respeito à alimentação. Os produtos da cesta básica são essenciais e impactam de forma relevante as camadas mais pobres da população. Luisa Rabelo te explica como o cálculo é feito e de que forma a inflação e alta dos alimentos impacta a vida diária da população nesta reportagem para o JTV UFMA. 

Em 2019, para comprar itens básicos como arroz, feijão e outros produtos da cesta básica o brasileiro gastava em média R $482,40. Em 2020, para comprar itens do mesmo grupo alimentar o gasto foi de 48,3% mais alto. 

De acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos – DIEESE a compra da cesta básica compromete 55% do salário mínimo do trabalhador brasileiro, isso significa que dos 1.212 reais de salário quase 700 são para a compra de alimentos.

Segundo o 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, divulgado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, o Brasil tem atualmente 33,1 milhões de pessoas sem ter o que comer. São 14 milhões de brasileiros a mais em insegurança alimentar grave em 2022, na comparação com 2020, como consequência da pandemia da Covid-19.

  Fonte: OXFAM 

Enquanto os preços não param de subir, os brasileiros estão sem ter o que comer. Ao se deparar com esses dados é importante desvirtualizá-lo, reconhecendo que cada número absoluto corresponde a vida de uma pessoa.

Segundo especialistas, quando a alimentação ocupa um espaço maior do  salário, isso implica em menor poder de compra da população, ou seja, as pessoas precisam dar preferência para os alimentos e gastos básicos e sobra menos ou nenhum dinheiro para lazer, transporte, educação, vestuário e outras necessidades essenciais. No fim das contas, o aumento da inflação tem um impacto global na vida das pessoas e as mais pobres estão mais vulneráveis a estas flutuações  ficando gravemente desassistidas. 

 Reportagem exibida pelo JTV UFMA.