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Encerramento do Encontro Nacional de Diálogos Freirianos é realizado de forma virtual, com transmissão pelo Canal Institucional da UFMA no Youtube

publicado: 12/11/2021 13h28, última modificação: 12/11/2021 13h28
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De forma virtual e com transmissão pelo Canal Institucional da UFMA no Youtube, foi realizado no dia 5 deste mês, o encerramento do Encontro Nacional de Diálogos Freirianos (Endifre). Os diálogos freirianos do último dia de evento tiveram como tema “Paulo Freire vive em nós” e foram ministrados pelos convidados Anacleta Pires da Silva, que é líder quilombola de Santa Rosa dos Pretos (MA), e Aldecy Antônio dos Santos Pereira, do Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural (Centru).

 A mediação da mesa de encerramento foi realizada pelo professor do Departamento de Sociologia e Antropologia da UFMA Istiván van Deursen Varga, que fez a abertura do encontro e apresentação dos participantes.

Anacleta compartilhou experiências pessoais e contextualizou a situação familiar destacando os ensinamentos de Paulo Freire. “Temos que trabalhar a educação libertadora para que o sujeito seja capaz de se envolver com a sua potencialidade, e eu me acho muito realizada por esse ensinamento da potencialidade real. O conhecimento nos leva a reafirmar os saberes naturais”, declarou.

Representando o Movimento Sem Terra (MST), a educadora popular Simone Silva Pereira exibiu uma apresentação audiovisual organizada por crianças do MST e, em seguida, explicou que o vídeo é fruto de um círculo de literatura realizado nas escolas do assentamento. “As crianças estudam a partir das leituras do livro ‘O menino que lia o mundo’, de Carlos Rodrigues Brandão. Então, as nossas escolas dos assentamentos, esse ano no centenário de Paulo Freire, organizam com as crianças a leitura do livro para conhecer a história do Paulo. Por isso, o Movimento Sem Terra tem essa identidade com Paulo Freire pela sua reflexão acerca da prática social e nós celebramos e cultivamos os ensinamentos desse educador do povo, por ele ter dado uma contribuição grandiosa no nosso fazer político, cultural e pedagógico”, concluiu.

A coordenadora do Movimento Negro Unificado no Maranhão, professora Ilma Fátima de Jesus, ressaltou o significado de participar do Endifre e desse momento de celebração do centenário. “Isso é muito importante, porque Paulo Freire vive em nós. No ano em que celebramos o centenário de seu nascimento, queremos expressar a amorosidade que ele nos ensinou em seus escritos. Ele vive na nossa luta cotidiana, na luta que travamos contra a opressão e contra o racismo. E o Movimento Negro tem uma história, em que nós, que também estamos fazendo esses estudos acadêmicos em doutorado em educação, temos um olhar militante na academia que considera importante a luta contra o racismo, o preconceito racial e a discriminação racial. E Paulo Freire nos traz a esperança de dias melhores”, enfatizou.

O assessor técnico em Projetos e Produtos Ambientais do Centru, Aldecy Pereira, relacionou o trabalho de Paulo Freire com a atuação de Manuel da Conceição. Segundo ele, ambos contribuíram para construir a essência do Centru, formando uma educação que investiga, que tematiza, problematiza, através da prática libertadora e que também transforma pessoas coletivamente.

Assista na íntegra o encerramento do Endifre:

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O objetivo geral do encontro consistiu em articular espaços dialógicos por meio da troca de saberes e fazeres em torno da epistemologia e ontologia de Paulo Freire, buscando a sua valorização, divulgação, ampliação e consolidação. O Endifre contou com a participação de pesquisadores e docentes da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), dos câmpus de São Luís, Bacabal, São Bernardo e Imperatriz; da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade Federal de Tocantins (UFT). 

Por: Hérika de Almeida

Produção: Marcos Paulo Albuquerque

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