Bibliotecária da UFMA realiza estudo sobre grupos de pesquisa em universidades brasileiras

A tríade ensino, pesquisa e extensão são indissociáveis à formação de instituições de ensino superior brasileiras. Com esse objetivo, a bibliotecária da Diretoria Integrada de Bibliotecas (DIB) da Universidade Federal do Maranhão Regycleia Botelho Cutrim Alves defendeu, via videoconferência, a tese de doutorado “Partilha do Conhecimento Tácito em grupos de pesquisa em Instituição de Ensino Superior”. A pesquisa foi realizada por meio do doutorado em Gestão da Universidade da Beira Interior (UBI), em Portugal, sob a orientação do professor Paulo Gonçalves Pinheiro.

O estudo alerta que a partilha desse tipo de conhecimento em instituições de ensino superior e grupos de pesquisa ainda são escassos. Também revela que, por meio de docentes-pesquisadores, as instituições organizam os denominados grupos de pesquisa para desenvolver especificidades das áreas do conhecimento na qual estão inseridos, constituindo comunidades de prática para o desenvolvimento individual e organizacional nas universidades brasileiras.

Conforme a pesquisa, o fator individual, a estrutura organizacional e estratégica de gestão do conhecimento impactam positivamente, enquanto o fator cultura organizacional não tem influência significativa. “O maior desafio é transformar o conhecimento individual em organizacional. Como sabemos, grupos de pesquisa em universidades públicas do país são constituídos por docentes-pesquisadores. Para tanto, a minha pesquisa visou determinar quais são os fatores que mais influenciaram a partilha do conhecimento tácito de docentes-pesquisadores em grupos de pesquisa”, introduziu Regycleia Botelho.

A força da troca de experiências entre professores e pesquisadores 

Os principais resultados da tese “Partilha do Conhecimento Tácito em grupos de pesquisa em Instituição de Ensino Superior”, segundo Regycleia, apresentam a partilha do conhecimento como “favorável” em grupos de pesquisa, em relação à formação de professores, construída por meio de trocas formais e informais de conhecimento que os motivam no desenvolvimento da própria profissão.   

A vivência na Academia portuguesa, para a pesquisadora, foi uma experiência única. “Minha principal motivação em ter conduzido esse estudo está relacionada à minha formação em Biblioteconomia e atuação como bibliotecária na Universidade Federal do Maranhão. Se a pessoa busca uma oportunidade de capacitação é porque almeja melhoria profissional e, sobretudo, crescimento pessoal, algo que a Universidade proporcionou-me”, destacou.

Por: Lucas Araújo

Produção: Bruna Castro  

Revisão: Jáder Cavalcante