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Mão na massa, o trabalho das olarias da cidade de Rosário

Uma arte ancestral que se mantém viva

O trabalho secular e artesanal das olarias está espalhada por todo o Brasil, seja com peças de barro ou argila. E a equipe aqui do  JTV UFMA foi até a cidade de Rosário, no Maranhão, para conhecer melhor o trabalho da olaria do Seu Amarildo e entender melhor sobre o trabalho artesanal produzido no estado. O repórter Davi Rocha te mostra tudo nesta reportagem.

Há milênios, o homem descobriu que a união entre barro e fogo dava origem a peças úteis e sólidas. Da cerâmica é possível fazer objetos de uso doméstico ou peças artesanais

“No Brasil,  atualmente, as cerâmicas estão recuando até o período de 8 mil anos no sambaqui fluvial da região de Santarém, mas esse é um estudo que ainda está em andamento”, explica o arqueólogo, Deusdeit Leite Filho.

Historiadores afirmam que essa foi a primeira atividade industrial produzida pelo homem e uma das mais antigas expressões artística e religiosa.

Deusdeit Leite Filho  ainda explica que as cerâmicas utilizadas no dia a dia, mas que muitas vezes podem ser também decoradas, de acordo com o padrão estético, do artesão e de cada grupo. “Já  as cerâmicas de uso ritual que são mais elaboradas, que são feitas exatamente para conter a alma do morto, para garantir a segurança, e que geralmente recebe uma pintura especial”, esclarece.

A alta durabilidade da cerâmica foi o que garantiu o sucesso do uso do material desde o período mais remoto da nossa história.

Essa prática atravessou os séculos e permanece viva até hoje, no município de Rosário, norte do Maranhão, ainda é possível encontrar espaços como estes, as tradicionais olarias, onde peças de argila ainda são feitas totalmente de forma manual.

Tudo começa quando o barro chega na oficina. O seu Amarildo já trabalha com isso há 30 anos e explica todo o processo até que a peça fique pronta.

As mãos ágeis de Gustavo  mostram que apesar de jovem tem experiência com a argila é que ele faz isso desde criança e tem muito orgulho da profissão que exerce. No começo, é só uma bola de barro quando chega nas mãos de seu Wilson, vira uma verdadeira obra de arte,  por aqui, o limite é criatividade.

 Apesar de existirem sofisticadas máquinas que poderiam fazer esse serviço, por aqui, o pessoal gosta de colocar a mão na massa,  modelar com cuidado e até fazer uns enfeites, tudo isso pra manter viva uma tradição que já dura milhares de anos.