Perguntas Frequentes
1. O que é um modelo de fact-checking colaborativo e descentralizado?
A ideia é que o processo de fact-checking (ou checagem de fatos) tenha a participação de vários colaboradores. O grupo é formado por voluntários que ganharam um perfil na plataforma depois de acompanhar a nossa oficina de treinamento. O modelo é descentralizado porque as checagens são publicadas em formato de fórum, onde todos os colaboradores podem postar o resultado de seu trabalho de apuração. Por isso, é possível que uma mesma informação gere mais de uma checagem, com autores diferentes. Mesmo que a seleção das pautas seja centralizada na figura do moderador da plataforma, todos podem contribuir com sugestões. Estamos propondo uma espécie de rede social de checadores.
2. Como faço para participar do projeto Sem Migué?
As inscrições dos nossos primeiros colaboradores se encerraram no último dia 2 de outubro. A longo prazo, a nossa intenção é abrir periodicamente o recrutamento de voluntários para ampliar o número de checadores do projeto. Entretanto, como estamos operando em fase de testes, ainda não temos previsão de abertura para novos inscritos. É importante reforçar que este site é apenas um mínimo produto viável que está sendo testado por meio da pesquisa de aplicabilidade do modelo de checagem Sem Migué. Queremos aperfeiçoar esse formato para desenvolver futuramente uma plataforma mais completa e perene.
3. O projeto só vai funcionar durante as eleições?
Optamos por limitar a fase experimental às eleições municipais de São Luís, selecionando apenas as informações relevantes para o pleito. Mas o projeto poderá ser retomado futuramente, após os resultados da pesquisa de aplicabilidade e o aperfeiçoamento do modelo que estamos propondo.
4. Como é feita a seleção de informações para checagem?
Acompanhamos o que as autoridades estão dizendo e ficamos de olho no que anda circulando pelas redes sociais. O critério de seleção é a relevância para o interesse público e a possibilidade de comprovar o grau de veracidade do fato - por meio de consulta a documentos e bancos de dados públicos e confiáveis. Opiniões e previsões de futuro ficam de fora do escopo de checagem. Durante a fase experimental, vamos selecionar apenas pautas relacionadas às eleições municipais de São Luís/MA.
5. O que pode ser utilizado como fonte de checagem?
Orientamos a utilização de fontes públicas e confiáveis – que podem ser portais da transparência, documentos, bases de dados públicas, sites institucionais, etc. Também damos preferência a fontes primárias – no caso de estatísticas ou indicadores de políticas públicas, por exemplo, devem ser procurados os órgãos ou entidades responsáveis pela produção e armazenamento desses dados. A orientação é consultar sempre as fontes oficiais – se isso não for suficiente ou se houver alguma desconfiança sobre a veracidade dos dados oficiais, deverão ser buscadas fontes alternativas que tenham legitimidade para esclarecer um assunto. Encorajamos a utilização de mais de uma fonte sempre que possível.
6. O Sem Migué utiliza fontes anônimas na apuração?
Não. O sigilo da fonte é fundamental para o exercício da atividade jornalística em diversas situações, mas a reportagem de checagem de fatos tem suas próprias especificidades. A transparência é um valor importante no fact-checking, por isso é preciso que fique bem claro não apenas quem é o autor da checagem, mas também de onde foram retiradas as informações que embasaram a reportagem. Isso está previsto na nossa metodologia e permite que o público possa auditar a verificação para tirar suas próprias conclusões.
7. Toda fonte utilizada tem que ser linkada no texto da checagem?
Sim. Não permitimos o uso de fontes anônimas – todas devem estar devidamente identificadas e linkadas no texto. Quando o dado utilizado na checagem não possui link porque não está on-line (ex: um documento enviado por e-mail pela assessoria de um órgão), orientamos disponibilizá-lo na internet por meio de um serviço de armazenamento em nuvem como o Google Drive. Se o dado tiver sido informado pela fonte em comunicação via e-mail, sugerimos disponibilizar o print do e-mail (com a devida autorização quando se tratar de e-mail pessoal). Ao compartilhar documentos, é preciso ter o cuidado de ocultar dados pessoais que possam estar expostos.
8. Como funcionam as etiquetas de checagem?
Toda checagem deve começar com a hashtag de uma das nossas etiquetas de checagem. Adotamos as seguintes categorias:
#verdadeiro (o fato pode ser comprovado em consulta a fontes confiáveis)
#descontextualizado (a informação verdadeira, mas a falta de contexto pode enganar)
#exagerado (a informação pode ter um fundo de verdade, mas houve exagero)
#nãodápraafirmar (não há dados disponíveis para comprovar a informação)
#falso (o fato pode ser desmentido em consulta a fontes confiáveis)
9. Serão checadas somente as falas dos candidatos a prefeito?
Iremos selecionar falas de todos os candidatos a prefeito. Infelizmente, não temos como acompanhar da mesma forma os candidatos a vereador – mas pode ser que, eventualmente, algo seja inserido nos fóruns de verificação, utilizando como critérios a repercussão do conteúdo e a relevância para o interesse público. Também poderemos selecionar informações que não tenham sido ditas por candidatos a cargos eletivos, mas que sejam relevantes para o processo eleitoral.
10. Como faço para sugerir uma checagem?
Qualquer pessoa pode nos enviar uma sugestão de checagem sempre que se deparar com uma informação duvidosa. Para isso, disponibilizamos um formulário on-line. É preciso especificar qual é a informação, indicando onde e quando foi acessada - se possível com link. Acesse o nosso formulário de sugestões.