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Veteranos de Medicina da UFMA Imperatriz realizam 5º Trote Solidário

publicado: 10/10/2023 17h16, última modificação: 10/10/2023 17h16
Ação incentiva calouros de Medicina a doarem sangue para o Hemomar de Imperatriz
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O retorno às atividades presenciais pós-pandemia trouxe junto um projeto social muito importante organizado pelos alunos do curso de Medicina do Centro de Ciências de Imperatriz (CCIM) da Universidade Federal do Maranhão - UFMA. Desde 2021, os veteranos do curso vêm coordenando o que chamaram de Trote Solidário, durante a mesma época dos trotes universitários tradicionais. O último foi realizado dia 25 de agosto. 

O trote fora do convencional possibilita, semestralmente, a doação de sangue dos calouros de Medicina para o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Maranhão (Hemomar). O projeto surgiu numa articulação entre o Centro Acadêmico de Medicina (CAMITZ), a Atlética Império e a Liga Acadêmica do Coração de Imperatriz (LACOR). Recebe também apoio de um Projeto de Extensão do curso, que incentiva a doação de sangue e medula, e da Instituição Federal de Estudantes de Medicina Associados, a IFMSA Brazil. 

Criado num contexto de alta demanda de doação sanguínea atrelado à baixa nos estoques de sangue do hemocentro, o trote não poderia ser iniciado em momento mais propício. A preocupação dos discentes foi motivo suficiente para que a ideia fosse realizada, apesar de a insuficiência de sangue não ser, nem de longe, um problema restrito à pandemia. Daí a importância da continuidade.

Discente do curso e presidente do CAMITZ, João Penha, deixa claro que participar de uma ação como essa traz à tona o que a medicina significa: salvar vidas. Em que contribuir para que vidas sejam salvas por meio das bolsas de sangue gera um sentimento incapaz de ser descrito. Ele descreve o momento como um gesto simples e rápido, mas poderoso e que tantas pessoas necessitam.

“Trazer essa oportunidade para quem está iniciando na ‘jornada med’ ensina aos calouros a importância de ações com o engajamento de profissionais e da comunidade para a doação de sangue”, avalia João Penha. A ação simboliza, dessa forma, a busca pela formação de médicos humanizados preocupados com a saúde pública e conectados com o propósito da profissão.

O presidente do CA conta que reunir doadores é muito gratificante, principalmente por se tratar de iniciantes na vida acadêmica do curso. “Desde cedo eles vão aprender que uma pequena ação pode fazer grande diferença na vida de várias pessoas. E essa é, sem dúvida, a maior gratificação da arte médica”, diz ele.

Ele acrescenta que ajudar pessoas é uma missão de vida para médicos, mas também o propósito para o qual todos fomos criados. Portanto, todos que podem, devem doar sangue. A saúde é o bem maior e usar a medicina para ajudar um paciente a retomar seu bem-estar é, segundo o estudante, cumprir este propósito.

O trote solidário prova que a comunidade acadêmica carrega o compromisso de articular para que novos ingressantes sejam atores sociais capazes de transformar e impactar positivamente na vida coletiva. Além de proporcionar visão empática e ajudar a construir uma responsabilidade social, é por meio de projetos como esse que é possível integrar universidade e cidadania na prática. 

O trote diferenciado não substitui o clássico, que acontece nesta semana, dia 01 de setembro, o famoso trote do sinal, com plaquinhas, tintas e tudo que eles têm direito. Somado na bagagem com outra experiência de trote difícil de ser esquecida.

 

Por: Kennedy Mendes 

Revisado por: Lígia Guimarães