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UFMA lidera rede nacional de pesquisa sobre bioprodutos amazônicos com apoio do CNPq
A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) está à frente da coordenação do projeto FitoAmazônia: Rede Estratégica de Investigação Sustentável de Bioprodutos Amazônicos para Inovação em Saúde Única, aprovado pelo CNPq dentro da chamada “Centros Avançados em Áreas Estratégicas para o Desenvolvimento Sustentável da Região Amazônica (Pró-Amazônia)”.
Financiado por meio da Chamada CNPq Nº 04/2023, o projeto reúne seis instituições públicas — UFMA, UEMASUL, UFPA, UFAM, UNIFAP e o Museu Paraense Emílio Goeldi — em uma rede de cooperação científica voltada à valorização sustentável da biodiversidade da Amazônia Legal. A iniciativa busca identificar e desenvolver compostos bioativos e bioprodutos inovadores a partir de plantas e produtos naturais com potencial para aplicação na saúde humana, animal e ambiental, dentro da abordagem de “Saúde Única”.
A rede está organizada em nove núcleos interligados de pesquisa, atuando de forma multidisciplinar em áreas como botânica, química, farmácia, bioinformática, toxicologia, doenças infecciosas e inovação tecnológica. As ações incluem desde a prospecção de espécies nativas — como babaçu, buriti, cacau, própolis vermelha, entre outras — até a validação científica e o desenvolvimento de formulações e biomateriais com potencial de mercado.
O território de atuação abrange um polígono estratégico formado pelas cidades de São Luís, Imperatriz, Manaus, Belém e Macapá, que integra os biomas Amazônia e Cerrado, com zonas de transição e alta diversidade vegetal. A proposta dialoga diretamente com comunidades tradicionais da região, como quebradeiras de coco, apicultores e extrativistas, promovendo práticas sustentáveis, capacitação e geração de renda.
“Nosso objetivo é transformar conhecimento científico sobre a biodiversidade amazônica em soluções concretas para a saúde e o bem-estar, valorizando saberes tradicionais e promovendo inovação com responsabilidade ambiental”, afirma o coordenador geral do projeto, professor Antonio Marcus de Andrade Paes, da UFMA.
Além do impacto científico, o FitoAmazônia promove inovação social, economia sustentável e conservação ambiental. As pesquisas incluem desde testes de toxicidade e eficácia terapêutica até a estruturação de dossiês técnicos e bases de dados públicos, fortalecendo a ciência aberta e a transferência tecnológica.
Como parte das ações de divulgação científica, o projeto já está presente nas redes sociais. O perfil oficial no Instagram — @fitoamazonia — já está no ar, reunindo informações sobre as pesquisas, os bioprodutos em desenvolvimento, os territórios envolvidos e os bastidores da construção da rede. O site oficial — www.fitoamazonia.org — será lançado em breve, com acesso aberto a publicações, dados e notícias do projeto.
Por: Comunicação da Rede FitoAmazônia