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Professora e estudantes da UFMA Imperatriz lançam o primeiro Manual de Jornalismo Independente do Nordeste

publicado: 13/03/2024 16h59, última modificação: 13/03/2024 16h59
Acesse gratuitamente o manual inédito na região
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O “Manual de Redação de Jornalismo Independente do Nordeste” foi lançado na última sexta-feira, dia 8 de março. O produto partiu da disciplina de Jornalismo e Realidade Regional, do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Maranhão em Imperatriz, ministrada pela professora Marta Alencar. 

O objetivo do manual é enfatizar as diretrizes essenciais para a prática jornalística independente. A docente Marta Alencar conta que a ideia de produzir esse material surgiu no início do seu ingresso na Universidade, quando os alunos comentavam sobre esse vazio no mercado de não ter um manual específico da região.

“Esse manual é uma forma de defesa do jornalismo independente no Nordeste. Eu tenho certeza que depois dessa disciplina e criação do manual, essa turma que hoje faz o sétimo período de jornalismo vai incentivar a si mesma e outros alunos a criarem o próprio produto jornalístico independente. Então eu fico muito feliz porque não existe outro manual, esse é inédito. E a UFMA Imperatriz deu o pontapé inicial ao lançar para o mundo, e isso é extremamente importante”, explica Marta Alencar.

Nos cinco capítulos que compõem o manual, são destacados os princípios éticos da redação jornalística; a história da indústria da comunicação no Brasil ao longo do século XX; o mapeamento abrangente do jornalismo independente no Nordeste, cobrindo os nove Estados e 80 portais de notícias; as expressões características dos nordestinos, evidenciando a riqueza linguística da região, e a importância da escrita na esfera jornalística, delineando as responsabilidades e habilidades essenciais para os jornalistas.

Para uma compreensão aprofundada, especialmente em questões sensíveis, o texto fornece orientações práticas para jornalistas na redação, enfatizando a importância de dominar a leitura, produzir textos claros e acessíveis, realizar pesquisas minuciosas e verificar a veracidade dos fatos. Também é destacado o modelo de pirâmide invertida, a utilização de títulos jornalísticos impactantes e objetivos, bem como fontes relevantes e diversas.

Termos que refletem características sociais e regionais predominantes no Nordeste, como "aperreado", "invocar" e "espocar", entre outros, são palavras sugeridas para incorporação no vocabulário cotidiano dos repórteres. Essas expressões podem ser utilizadas tanto na cobertura dos eventos do dia-a-dia quanto na produção de reportagens. Além disso, expressões já adotadas na prática jornalística, como "chapéu", "retranca" e "pauta", também são mencionadas como parte do repertório linguístico a serem consideradas e empregadas pelos profissionais.

Acesse o manual completo e gratuito aqui.

Por: Marcela Lima

Fotos: Arquivo pessoal