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Pesquisadora da UFMA Imperatriz compõe estudo inédito sobre saúde mental de puérperas
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The mother's hand graced the feet of the newborn.
Um estudo realizado em conjunto pela pesquisadora da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) Imperatriz, Neyrian Fernandes, e pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade de Rio Verde (UniRV) foi publicado e tem repercutido na imprensa desde a última semana. A pesquisa é inédita no Brasil e mostra como casos de violência física, sexual e psicológica influenciam na saúde mental de puérperas. A pesquisa foi baseada em variáveis como critério, dentre elas o tempo de gestação, histórico de diagnóstico de depressão e o status de relacionamento.
O artigo publicado, que tem como título “Associação entre trauma na infância e depressão pós-parto em puérperas brasileiras”, foi construído pelos pesquisadores Maria Neyrian de Fátima Fernandes, Ana Carolina de Sousa Andrade, Elton Brás Camargo Júnior e Edilaine Cristina da Silva Gherardi Donato. O estudo alerta sobre a depressão pós-parto ser um problema de saúde pública devido às suas consequências para a saúde e para a relação entre mães e filhos.
Para a professora do curso de Enfermagem da UFMA de Imperatriz e integrante do grupo de estudos do artigo publicado, Maria Neyrian Fernandes, após concluírem as pesquisas, identificaram que houve uma alta prevalência de depressão pós-parto entre as mulheres e significativa entre os traumas na infância. “Dentre os traumas na infância que a gente identificou com uma maior prevalência foi a ocorrência dos traumas do abuso emocional. Para um pesquisador é gratificante ter o seu estudo publicado em meios científicos reconhecidos”, frisa.
O estudo contou com a participação de 253 puérperas, com filhos nascidos entre fevereiro e abril de 2022 e teve repercussão nacional e chegou a ser matéria em vários veículos de comunicação como Jornal Folha de São Paulo, Boris Agência e Dw.com. A doutora em Enfermagem psiquiátrica pela USP de Ribeirão Preto também revela que o estudo corrobora com a questão de que fatores ambientais têm o mesmo peso de importância que os fatores biológicos na predisposição de doenças. “Isso indica que os profissionais de saúde precisam agregar também esses fatores durante o cuidado de saúde no pré-natal de mulheres”, avalia.
Por: Luana Bandeira.